A Suprema Corte chinesa afirmou ter rejeitado 15% de todas as penas de morte entregues pelos tribunais em 2007. Em entrevista ao jornal Beijing Morning Post, a juíza da Suprema Corte Huang Ermei afirmou que entre as razões para as rejeições estariam a falta de provas suficientes, procedimentos ilegais e punição inapropriada. No entanto, ela afirmou que a pena de morte irá permanecer em vigor no país, apesar dos problemas. "A abolição da pena de morte é uma tendência na justiça criminal internacional, mas na nossa nação não temos amplas condições de abolir a pena capital", disse Ermei ao jornal. De acordo com a justiça chinesa, o número de execuções diminuiu de maneira significativa desde a adoção de uma emenda que exige a aprovação da Suprema Corte em todos os casos de pena de morte. Não há dados oficiais para o número de execuções na China, mas a Anistia Internacional afirma que o país foi responsável por dois terços de todas as execuções realizadas no mundo em 2006. Pela lei chinesa, crimes não violentos como fraudes nos impostos podem ser punidos com pena de morte, assim como o assassinato, estupro ou roubo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.