Apenas cinco dias depois de ser interditado pela Prefeitura por falta de licença de funcionamento, o Shopping 25 Brás voltou a abrir, com autorização da Justiça. Uma liminar concedida pelo juiz Emílio Migliano Neto, da 7ª Vara da Fazenda Pública, autorizou o funcionamento do local desde sexta-feira. O shopping pertence à empresa Calinda Administração e Participação, controlada pelo chinês Law Kin Chong, apontado pela Polícia Federal como o maior contrabandista do Brasil. Na tarde de ontem, várias lojas vendiam mercadorias ilegais no Shopping 25 Brás. Entre os produtos falsificados, havia tênis das marcas Nike e Puma, camisas Diesel e Dolce Gabbana, além de relógios, perfumes e DVDs. Segundo o decreto municipal nº 47.801, a subprefeitura da região é responsável por acionar a polícia ao receber denúncias de venda de produtos ilegais e também pode tomar medidas administrativas. A Subprefeitura da Mooca informou que avisou a polícia, mas com essa liminar seu "poder de fiscalização está cessado". O órgão fechou o Shopping 25 Brás no último dia 19 e aplicou uma multa de R$ 43 mil aos donos. Antes disso, o local havia funcionado por seis anos, sem licença. O subprefeito da Mooca, Eduardo Odloak, justificou na ocasião que a demora ocorreu porque a fiscalização é feita com base em denúncias. Afirmou também que, entre outubro de 2006 e de 2007, foram lacrados 80 locais irregulares na região, entre bingos, bares, shoppings e depósitos clandestinos.
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