Lama não contaminou rio no RJ, mas causa problemas

Cidades no Rio e em Minas serão abastecidas por carros-pipa. Fauna também pode ser prejudicada

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Por Agencia Estado
Atualização:

O elevado volume de lama ainda encontrado no Rio Muriaé deve prolongar por toda a próxima semana o abastecimento de água em caminhões-pipa para cinco municípios localizados no noroeste fluminense (Miraí, Lages, Itaperuna, Italva, Cardoso Moreira) e outras duas cidades mineiras (Muriaé e Patrocínio). O rio foi atingido na última quarta-feira por um vazamento de 400 milhões de litros de argila, misturada com óxido de ferro e alumínio. Apesar de a Feema (Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente), órgão da Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano, ter confirmado que não existem resíduos tóxicos no Rio Muriaé, a governadora Rosinha Matheus decidiu manter o abastecimento com carros-pipa da Cedae (Companhia Estadual de Águas e Esgotos), já que nenhuma unidade de tratamento teria condições de processar o barro encontrado na água. Outra medida determinada pela governadora foi a abertura das comportas de três pequenas hidrelétricas mineiras, para dar vazão à água contaminada e assim tentar impedir a mortandade de peixes no estado e o assoreamento do leito do Muriaé. "O volume de lama carregada é tão grande que a água em Miraí (MG), onde ocorreu o vazamento, está pastosa. Moradores da região relataram que toda a fauna do rio Muriaé pode ter sido dizimada, pois a lama, mesmo que não seja tóxica, altera o pH da água, reduzindo o oxigênio", detalhou o secretário estadual de Defesa Civil, coronel Carlos Alberto de Carvalho.

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