Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, um dos fundadores do Primeiro Comando da Capital (PCC), foi mandado para a penitenciária de Araraquara, de alta segurança, em vez de seguir com demais líderes da facção para o Centro de Readaptação Penitenciária (CRP) de Presidente Bernardes. A decisão foi tomada pelas Secretarias da Segurança Pública e Administração Penitenciária de São Paulo. Segundo o Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (Deic), apesar de ser referência para integrantes do PCC, Marcola não conseguia manter contato com eles desde fevereiro de 2001, quando foi transferido para presídios fora do Estado, pouco antes da megarrebelião em 29 prisões. Os policiais não obtiveram prova que ligasse Marcola aos crimes praticados pelo PCC nos últimos meses: atentados a bomba, seqüestros e assassinatos dentro e fora do sistema prisional. Cesar Augusto Roris, o Cesinha, assumiu ser o mandante de muitas dessas ações. A polícia não detectou telefonemas de Marcola para os comparsas em 470 horas de conversas gravadas, não havendo fundamento legal para isolá-lo no CRP. Lá, os presos ficam em celas individuais, não têm direito a visita íntima, rádio ou televisão e tomam banho de sol de uma hora, quatro vezes por semana.