Líder do PSDB acusa Lula de ter assinado oito decretos de privatizações

Jutahy Júnior acusou opresidente de não ser coerente no discurso de campanha eleitoral sobre privatizações

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Por Agencia Estado
Atualização:

O líder do PSDB na Câmara, Jutahy Júnior (BA), citou, nesta terça-feira, em discurso no plenário da Câmara, decretos assinados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva que tratam de privatização para acusar o presidente de não ser coerente no discurso de campanha eleitoral. Jutahy citou o número de oito decretos, de 2004 até 2006, que tratam da privatização de 60 linhas de transmissão, dentro do Programa Nacional de Desestatização (PND), editados por Lula. Segundo o líder, eles abrangem linhas de transmissão dos sistemas Norte, Sudeste, Nordeste, Sul e Centro-Oeste. "Ou seja, tratam de todo o sistema interligado nacional", afirmou o líder. O tucano disse ainda que Lula também editou dois decretos em 2005 que tratam da privatização de trechos de rodovias federais em Mato Grosso, Pará, Rio de Janeiro e Espírito Santo. "Fica evidenciada a falta de coerência no discurso praticado pelo presidente Lula e por parlamentares do PT, na medida em que adotam as mesmas práticas que recriminam na mídia acerca do tema privatização", afirmou. No discurso, o tucano defendeu as privatizações da Companhia Vale do Rio Doce e do sistema de telecomunicações realizadas no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. "Se hoje a população de baixa renda pode ter acesso à telefonia celular, deve-se ao processo de privatização do sistema de telecomunicações, levada à termo no governo do PSDB", afirmou Jutahy. Para o líder tucano, a Vale do Rio Doce é hoje a maior produtora e exportadora de minério de ferro do mundo por causa da privatização. Ele argumentou que houve a criação de milhares de empregos, a expansão da produção da empresa e a inauguração de novas unidades produtoras. "Tudo isso só foi possível com a entrada de novos investidores que aportaram vultosos recursos no Orçamento da empresa", disse. Segundo o líder, com a privatização, ao invés de investir na companhia, o governo pôde investir em saneamento básico, manutenção de estradas e programas sociais, entre outros.

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