A polícia de Manchester, no norte da Inglaterra, está investigando o roubo de 3 mil passaportes britânicos em branco e de adesivos usados para emitir vistos. Segundo as autoridades, os documentos foram roubados do carro-forte que estava estacionado em frente à gráfica que havia imprimido os passaportes, na segunda-feira, 28. Junto com o veículo, os assaltantes levaram 24 caixas que seriam originalmente transportadas para Londres, de onde embarcariam para embaixadas britânicas e missões diplomáticas no exterior. O serviço de passaportes do Ministério do Exterior britânico afirmou que os documentos roubados não poderão ser usados por falsificadores, porque contêm um chip eletrônico que reproduz as informações impressas nos passaportes. Mas na avaliação de especialistas em fraude, os documentos poderão ser usados como identidade ou para viajar a países onde este tipo de tecnologia ainda não está em prática. "Os documentos falsos poderão ser apresentados para abrir contas de banco ou conseguir um emprego", afirmou à BBC Tom Craig, ex-especialista em fraude da Scotland Yard. "Mas se forem utilizados em qualquer outro país que não tem a tecnologia de rastreamento do chip, (os fraudadores) poderão ser apanhados no retorno à Grã-Bretanha, porque o número de série estará gravado", alertou. O roubo gerou críticas ao governo por parte da oposição. "A lição que temos de aprender é que confiar em tecnologia para nos proteger, como o governo faz, não adianta", disse à BBC o porta-voz do Partido Conservador para assuntos domésticos, Damian Green. O Ministério do Exterior admitiu falha na segurança, mas uma líder do Partido Trabalhista, que ocupa o poder, negou que o governo tenha sido negligente. "Trata-se de um crime muito sério, que está sendo investigado, mas não é uma atitude negligente", disse Harriet Harman.BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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