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Lula determina compra de equipamento para controle aéreo

Comandante da Aeronáutica diz que pane ocorrida nesta terça é inédita

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente Luiz Inácio da Lula determinou nesta terça-feira que um equipamento semelhante ao existente no Cindacta-1, em Brasília, que controla a maior parte do espaço aéreo do País, seja comprado para ser instalado no aeroporto de São Paulo para que, quando houver uma nova falha o sistema de reserva seja acionado para substituir o principal. A decisão do presidente foi comunicada nesta noite em uma reunião de emergência para a qual ele convocou os ministros da Defesa, Waldir Pires, o comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, e o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), Milton Zuanazzi. Ao sair da reunião, Pires e Bueno atribuíram os problemas registrados no Cindacta-1 a panes no sistema de comunicação, descartando a possibilidade de sabotagem no sistema. "O presidente acabou de dar instruções peremptórias no sentido de que se tenha as condições de Brasília restabelecidas imediatamente, para que isso não aconteça de novo, jamais", informou Pires, garantindo que não há problema de recursos para a compra dos novos equipamentos que são "prioridade absoluta e emergencial". Segundo o ministro, o presidente quer que se tenha um sistema alternativo permanente e seguro para que não aconteça jamais outra paralisação dos vôos como aconteceu hoje". O ministro da Defesa disse que os problemas dos equipamentos estão sendo investigados. "É uma coisa que acontece, não acontecia, há anos, mas acontece", disse Pires, que não acredita em ação criminosa. O comandante da Aeronáutica, por sua vez, reconheceu que os problemas poderão prosseguir nesta quarta-feira, como conseqüência dos atrasos de ontem. Mas informou que as prioridades nas decolagens serão definidas pelas empresas aéreas. Ao explicar o problema ocorrido nesta terça-feira nos equipamentos de comunicação, que impediram que o Cindacta-1 falasse com as aeronaves, provocando uma paralisação completa do sistema aéreo, o brigadeiro Bueno explicou que o sistema caiu, o equipamento parou de funcionar e, depois, houve uma falha na ligação entre o equipamento e o back up dele, que deveria entrar em operação com a paralisação do primeiro. "Nunca tinha acontecido antes", declarou ele, na entrevista após a reunião de quase três horas com o presidente Lula, no Planalto. Bueno disse ainda que não há nenhum problema de controle do tráfego aéreo e, ao lembrar que o acidente entre o legacy e o Gol, que matou 154 pessoas, foi o pior acidente da história do país, ressaltou que o Brasil é um dos países com melhor índice de segurança de vôo do mundo, comparado inclusive com Estados Unidos e Europa. "Hoje (terça-feira) não tivemos nada relacionado ao controle do tráfego aéreo. Não podemos informar nada além, do que está sendo informado pela comissão de investigação. Tivemos uma série de problemas, mas acreditamos que esta fase negativa está sendo superada. Esta falha (de ontem) não tem nada a ver com os problemas anteriores", assegurou Bueno. O comandante da Aeronáutica anunciou ainda que, na semana que vem, a Comissão de investigação do acidente entre o Legacy e o Gol vai apresentar um segundo relatório parcial das apurações das causas do choque aéreo. Bueno lembrou que tudo está sendo investigado e que as apurações não tem objetivo de punir ninguém. De acordo com o primeiro relatório parcial as investigações ainda irão durar até julho do ano que vem.

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