O Ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil está deixando a crise mundial para trás e crescerá em torno de 4 por cento nos próximos 12 meses. Segundo ele, as medidas anticíclicas adotadas pelo governo para superar a crise global aumentaram os gastos públicos, mas o país vai cumprir as metas fiscais que foram estabelecidas. Mantega disse ainda que o governo espera uma arrecadação maior no segundo semestre do ano, o que deve ajudar a melhorar a situação fiscal. "Esperamos arrecadação maior, em função do crescimento da economia. Portanto, a situação fiscal vai melhorar gradualmente", disse a jornalistas. De acordo com Mantega, "não há nenhum risco de descumprimento da meta fiscal para 2009". "Faremos aquilo que tiver que ser feito para que isso ocorra", garantiu. "Cumpriremos o superávit primário de 2,5 por cento (do PIB) este ano, sem usar o fundo soberano", acrescentou o ministro. O Banco Central divulgou nesta manhã que o superávit primário do setor público consolidado caiu 57 por cento no primeiro semestre frente ao mesmo período do ano passado. Em 12 meses até junho, a economia do setor público feita para o pagamento de juros é de 59,962 bilhões de reais --o equivalente a 2,04 por cento do Produto Interno Bruto (PIB) e, portanto, está abaixo da meta definida para o ano. DÉFICIT NOMINAL ZERO ATÉ 2012 O ministro também admitiu que a crise econômica global atrapalhou a tarefa de zerar o déficit nominal até 2010. Segundo Mantega, o objetivo agora é ter o déficit nominal zerado entre 2011 e 2012. Ele disse ainda que as medidas econômicas adotadas pelo governo não estão sendo pautadas pelo calendário político. Para o ano que vem, quando ocorrem eleições gerais, Mantega reafirmou a meta de superávit primário de 3,3 por cento do PIB. (Reportagem de Isabel Versiani)
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