Marido de policial é decapitado no Rio

Mochila com a cabeça foi deixada na frente da casa da família em Realengo, zona oeste da cidade

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Por AE
Atualização:

RIO - Uma mochila com a cabeça de João Rodrigo Silva Santos, de 35 anos, foi jogada diante da casa onde ele morava com a mulher, a policial militar Geísa Silva, de 31, em Realengo, zona oeste do Rio. O crime aconteceu entre a noite de segunda-feira e a madrugada de terça. A Divisão de Homicídios da Polícia Civil fluminense investiga as circunstâncias do assassinato.

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Geísa está lotada na Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) de São Carlos, no Estácio, região central da cidade. Santos era ex-jogador de futebol, um atacante com passagens pelo Bangu, Boavista, Volta Redonda e Madureira, além de clubes de Honduras e da Suécia.

O ex-jogador era proprietário de uma loja de suplementos alimentares em Realengo, onde fora visto pela última vez na segunda-feira à noite. Ele teria sido rendido por bandidos na frente da loja, por volta das 19h30, e forçado a entrar em um Astra escuro. Seu carro, um Hyundai, também foi levado.

A demora de Santos em chegar em casa impacientou sua mulher, que chegou a ir a uma delegacia para comunicar seu desaparecimento, segundo informações divulgadas pela Assessoria de Imprensa da Polícia Militar do Rio.

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Na madrugada de ontem, Geísa ouviu o barulho de um carro e foi até a porta de casa, na Rua Laura Dias, por volta das 4h30. Foi quando encontrou a mochila, que pertencia a Santos, com sua cabeça sem os olhos e sem parte da língua.

Investigação. Pela manhã de ontem, a policial prestou depoimento na Divisão de Homicídios. Ela deixou o prédio sem falar com a imprensa e recebeu o apoio de colegas da PM.

Aos investigadores, Geísa teria dito que o marido não estava sofrendo ameaças e que não tinha inimigos.

O restante do corpo de Santos e seu Hyundai não haviam sido encontrados até as 20h de terça.

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Como a investigação está em estágio inicial, os policiais civis não descartam nenhuma motivação para o crime. Suspeitas recaem sobre traficantes das Favelas Minha Deusa, Vila Vintém ou Curral, mas mesmo a participação de milicianos não está descartada.

A Polícia Civil ainda apura se há alguma relação entre as atividades da PM Geísa na UPP de São Carlos e o crime, mas como ela tem funções administrativas e atua no atendimento social da comunidade atingida pela unidade pacificadora, a policial seria bem-vista na favela.

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