A prefeita de São Paulo, Marta Suplicy (PT), classificou de eleitoreiras as acusações contra o vererador Arselino Tatto, líder do PT na Câmara Municipal. "Em época de campanha eleitoral, às vezes as pessoas vão além da conta", disse hoje durante visita à Administração Regional do Campo Limpo, na zona sul. "Destroem famílias, destroem pessoas e causam situações de grande constrangimento e que depois são difíceis de reparar." As acusações contra Tatto vêm desde 1999. Ontem, a pedido do Ministério Público Estadual (MPE), a Justiça decretou a indisponibilidade dos bens do vereador e de mais três pessoas de sua família - sua mulher, Maria José Barros da Silva, a sogra, Terezinha Aparecida da Silva, e a cunhada, Patrícia Barros. Eles são acusados de reter boa parte dos salários de funcionários do gabinete. Durante a visita ao Campo Limpo, Marta não quis comentar a possibilidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar a transferência irregular de verbas dos programas sociais e da Secretaria Municipal da Saúde para gastos em publicidade. A vereadora Myryam Athie (PMDB) protocolou ontem um pedido para investigar o caso.