O candidato republicano à Casa Branca, John McCain, disse na quinta-feira que na sua opinião o seu rival Barack Obama está indo em breve à Europa para "fazer comícios" no exterior. Falando a jornalistas, McCain ironizou Obama por prometer retirar as tropas do Iraque num prazo de 16 meses, pois segundo ele isso reverteria as conquistas do reforço de contingente iniciado há 18 meses. Em breve, Obama vai embarcar para a Europa e o Oriente Médio. Em algum momento, deve passar por Afeganistão e Iraque, onde há guerras das quais o próximo presidente deverá tratar. Nesta semana, um assessor de McCain disse que a viagem de Obama seria "o primeiro evento do gênero comício de campanha no exterior". O candidato republicano disse a jornalistas que discordava parcialmente do seu assessor Jill Hazelbaker, já que ele não considerava as viagens ao Iraque e ao Afeganistão como políticas, e inclusive havia se oferecido para acompanhar Obama. Já com relação às outras escalas da viagem, McCain disse de fato haver um ingrediente político, especialmente num evento programado para o Portão de Brandemburgo, em Berlim. "Se ele vai fazer um comício no Portão de Brandemburgo, como declarou publicamente -- é claro que são comícios, que é um evento político", disse McCain, que neste mês visitou a Colômbia e o México. Sobre o Iraque, ele defendeu a manutenção da atual estratégia. "(Com ela) vamos ganhar esta guerra, e eu sei como ganhar guerras", disse o senador de 71 anos, que foi prisioneiro de guerra no Vietnã e tenta se apresentar ao eleitorado como alguém mais experiente que o rival, de 46. "O que temos é um sucesso frágil, uma vitória frágil. Ela pode ser revertida fazendo o que o senador Obama defende, ou seja, marcar uma data para a retirada", disse McCain. O comitê de Obama reagiu dizendo que os adversários estão "ficando nervosos por estarem no lado errado do debate sobre o Iraque".
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