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Médicos dão orientações sobre risco de gripe suína

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Por CAROLINA FREITAS

Médicos infectologistas recomendam aos brasileiros, em primeiro lugar, calma diante das notícias sobre a gripe suína no mundo. A doença pode ter matado 149 pessoas no México e há casos suspeitos nos Estados Unidos e na Europa. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou na tarde de hoje medidas para contenção da doença nos portos e aeroportos do País. Para quem não viajou para países com casos de gripe suína, os especialistas indicam cuidados semelhantes aos para evitar uma gripe comum. Quem voltou de regiões atingidas pelo vírus deve ficar atento aos sintomas por até dez dias.Usar máscara cirúrgica no Brasil sem ter viajado para o exterior é um exagero, diz o infectologista Gustavo Johanson, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). A máscara é recomendada apenas para quem retornou dos países com casos suspeitos e apresenta algum sintoma de gripe. Segundo o médico, cuidados simples, como lavar as mãos frequentemente e evitar conversas próximas com quem tem sinais de gripe, são eficientes para evitar o contágio. A transmissão da gripe suína se dá entre humanos de forma direta ou indireta, ou seja, passa tanto por gotículas de saliva quanto pelo compartilhamento de objetos.O infectologista Pedro Tauil, da Universidade de Brasília (UnB), recomenda que as pessoas adiem viagens para países que registram casos de gripe suína. A quem volta dessas regiões, Tauil indica ficar atento a possíveis sintomas por dez dias. "O período inclui uma margem de segurança, pois, se a pessoa se infecta, pode passar o vírus por até sete dias", diz o médico. "Se ela tiver qualquer gripe nesse período, deve se dirigir a uma autoridade sanitária." Os sintomas da gripe suína são febre de 39ºC ou mais, tosse seca e dores muscular e de cabeça.Johanson explica que, quando é identificado um caso suspeito de gripe aviária, a pessoa é isolada e medicada com antigripais específicos. São medicamentos usados geralmente para curar gripe comum pessoas com baixa imunidade. "A gripe dura de três a cinco dias", diz. "Esses medicamentos encurtam o tempo de doença e a pessoa fica um ou dois dias doente." O diagnóstico é feito a partir de uma análise laboratorial da secreção da faringe do paciente capaz de tipificar o vírus. Sem tratamento, a gripe suína danifica traqueia e brônquios, podendo causar pneumonia e infecções bacterianas que podem levar à morte. Ainda não há vacina para prevenir a doença.

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