A equipe médica do Hospital Copa D''Or informou que foi constatada a morte cerebral do menino João Roberto Amaral, de 3 anos, baleado ontem durante uma perseguição policial na Tijuca, na zona norte do Rio. Ele foi internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do hospital, em Copacabana (zona sul), onde foram realizados exames. O pai da criança, o taxista Paulo Roberto Amaral, de 45 anos, fez um desabafo emocionado na porta do hospital. "Não houve troca de tiros", afirmou. Segundo ele, sua mulher Alessandra voltava de uma festa infantil com os dois filhos do casal no carro. Além de João, estava no veículo o bebê Vinícius, de 8 meses, que nada sofreu. Quando estava na esquina de casa, a mãe viu que um carro passou em alta velocidade e que ele estava sendo perseguido pela polícia. Ela encostou o carro para os policiais passarem, mas eles a teriam confundido com os bandidos. "Mesmo atingida (por estilhaços), ela saiu do carro e jogou a bolsa do bebê para mostrar que tinha crianças. Isso foi a 200 metros da delegacia (19º DP)", contou o pai, muito abalado. O projétil que atingiu o menino na cabeça está alojado na quarta vértebra cervical. "Destruíram o cérebro do meu filho."