Ainda vai demorar para São Paulo sentir os efeitos do pacote de medidas climáticas do prefeito Gilberto Kassab (DEM) para reduzir as emissões de gases causadores do efeito estufa. Aprovado na quarta-feira pela Câmara, o projeto pode ser sancionado ainda hoje pelo prefeito, mas ainda precisará percorrer um longo caminho. O Executivo precisa regulamentar os 50 artigos da lei, que envolvem áreas como obras, transportes, saúde, energia e lixo. Será preciso a articulação de várias secretarias, estudos e negociação com a população. Para isso ainda não há prazo. Após a publicação do decreto, começará a parte mais difícil, segundo o professor Paulo Saldiva, do Laboratório de Poluição da Faculdade de Medicina da USP. "É preciso convencer a população de que essas medidas são importantes. Acho difícil que aconteça até 2012." A principal meta da política é reduzir até essa data em 30% a emissão de gases, em relação aos níveis de 2005. O projeto tem pontos polêmicos, como a restrição de carros no centro e a criação de faixas exclusivas para automóveis com mais de uma pessoa. A área de transportes é o principal foco da lei.