O líder de facto de Honduras, Roberto Micheletti, afirmou nesta segunda-feira que irá pedir aos ministros que suspendam um decreto que limita as liberdades civis e tirou do ar dois veículos de comunicação leais ao presidente deposto Manuel Zelaya. Micheletti sofreu pressão para revogar as medidas temporárias, enquanto a Organização dos Estados Americanos (OEA) tenta negociar um fim para a crise desencadeada pelo golpe que derrubou Zelaya em junho. O presidente deposto voltou ao país secretamente há duas semanas e se refugiou na embaixada brasileira. "Pedirei respeitosamente, da mesma forma que tomamos a decisão de impor, que suspendamos", disse Micheletti à televisão local em entrevista. Ambos os líderes afirmam estarem prontos para conversar, mas as exigências principais continuam inalteradas. Micheletti afirma que Zelaya deve enfrentar os tribunais e está resistindo às pressões para que seja reconduzido ao poder, enquanto Zelaya insiste em ter seu poder restabelecido incondicionalmente. O decreto de emergência gerou uma onda de reprovações internacionais, e os simpatizantes de Zelaya exigiram que fosse suspenso antes das negociações. (Reportagem de Patrick Markey)