Os futuros do milho ampliaram ganhos nesta terça-feira, aproximando-se de um recorde histórico perto de 8 dólares por bushel registrado em meados do ano passado, à medida que a seca nos Estados Unidos se expande, reduzindo as perspectivas de colheita do maior produtor e exportador da commodity. A pior seca desde 1956 devastou a lavoura numa época em que uma grande colheita seria necessária para impulsionar os estoques norte-americanos e melhorar as margens de companhias de carnes e de etanol. A seca nos EUA também poderia ter repercussões globais, uma vez que safras menores poderiam resultar em inflação de preços de alimentos. Mas os ganhos nos preços dos alimentos poderiam ser mais amenos do que os registrados em 2008, uma vez que os futuros do petróleo estão bem abaixo do pico de 147 dólares o barril e os estoques de arroz são abundantes na Ásia. Os preços do milho estão nos maiores patamares em 13 meses na bolsa de Chicago, subindo 45 por cento neste verão no hemisfério norte. Analistas esperam que a safra se deteriore ainda mais. Uma pesquisa Reuters apontou nesta terça-feira que a produção de milho e soja dos EUA ficará abaixo da previsão do governo daquele país, divulgada no início do mês. "Baseado em minhas conversas com produtores, eu diria que 75 por cento da safra de milho no centro da seca está além de qualquer ajuda", disse o analista de grãos Mike Zuzolo, presidente da Global Commodity Analytics & Consulting, em Lafayette, Indiana. A seca nos EUA, considerada a pior desde 1956 pelo National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), tem sido centralizada no Meio-Oeste, mas há sinais de que ela está se expandindo para o norte e oeste, colocando mais lavouras em risco. Por volta das 14h, o contrato setembro do milho operava em alta de 1,5 por cento, a quase 7,90 dólares por bushel. O contrato setembro do trigo subia mais de 1 por cento, para perto de 9 dólares, enquanto o dezembro rompeu esse patamar. A soja subia 0,4 por cento, a cerca de 16,40 dólares por bushel. (Por K.T. Arasu)