O clérigo xiita Moqtada al-Sadr ordenou neste domingo que os membros da milícia fiel a ele, Exército Mahdi, deixem as ruas de Basra e de outras cidades no Iraque, onde têm ocorrido intensos combates com forças iraquianas. Uma declaração do clérigo indica que pode ter havido um acordo entre o movimento xiita e o governo do Iraque, que havia dado um prazo até 8 de abril para que os militantes depusessem armas. No sábado, um assessor de Moqtada al-Sadr disse que as armas só seriam entregues a um governo iraquiano que desejasse acabar com a ocupação dos Estados Unidos. Na nota deste domingo, Moqtada al-Sadr diz: "É nossa responsabilidade preservar o sangue iraquiano e a unidade do povo iraquiano". E há um pedido para a aplicação de uma lei de anistia, libertação de detidos e do fim do que ele chamou de operações ilegais. Um porta-voz do Ministério do Interior do Iraque, Abdulkarim Khalaf, disse que a declaração do clérigo é positiva. Mas não há expectativa de que o governo suspenda de imediato suas operações militares em Basra. Segundo Khalaf, as autoridades vão continuar levando à Justiça "criminosos", não necessariamente do grupo de Moqtada al-Sadr. O anúncio vem depois de cinco dias de combates entre os milicianos do Exército Mahdi e as forças de segurança iraquianas, com apoio americano e britânico. Pelo menos 350 pessoas morreram no sul do Iraque e outras 117, em Bagdá. A violência levou as autoridades iraquianas estenderam indefinidamente no sábado um toque de recolher na capital Bagdá. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.