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Minc: devastação caiu com crédito restrito e fiscalização

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O ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, atribuiu a dois fatores principais a redução no desmatamento na Amazônia em julho: a restrição ao crédito agrícola para propriedades da Amazônia ilegais do ponto de vista ambiental e o aumento da fiscalização por parte do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), foram derrubados 323,7 quilômetros quadrados de mata na Amazônia em julho, o menor para este mês, sempre crítico por causa da seca, desde que o sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real (Deter) iniciou suas atividades, em 2004. Minc calculou que de agosto do ano passado a julho deste ano, quando é feita a aferição anual pelo sistema que trabalha com dados definitivos, o Prodes, a respeito da derrubada da mata, a devastação deve ficar em torno de 12 mil quilômetros quadrados, superior aos 11.532 verificados de agosto de 2006 a julho de 2007, o menor desde o início da medição. Em janeiro, quando verificou-se que o desmatamento aumentara em demasia, o Ministério do Meio Ambiente chegou a previsões dramáticas, acima dos 18 mil quilômetros quadrados no fechamento dos 12 meses. "Apesar da queda substancial , de 68,4% em relação ao mês de julho de 2007, não há motivos para comemorar. Temos de continuar vigilantes", disse Carlos Minc. Em julho do ano passado, o sistema detectou a derrubada de 1.025 quilômetros quadrados de floresta amazônica. Tanto em 2007 quanto em 2008, havia poucas nuvens nos céus da região e a visibilidade era superior a 80%. ''Pé-quente'' Mas a queda nos índices de desmatamento na Amazônia foi atribuída pelo ministro não só a fatores objetivos, como restrição ao crédito agrícola, apreensão de bois, embargos de propriedades e aumento da fiscalização. Encontrou também uma outra justificativa para a boa notícia: "Carlinhos Minc é pé quente. Já viram", afirmou. Em entrevista coletiva, Minc disse que ainda está preocupado com o mês de agosto, que ainda fica na estação seca. Olhando para cima, orou: "Não pode aumentar, Deus do céu!" Em seguida, imitou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, para elogiar seu próprio governo, criou o bordão "nunca antes na história desse País". "Nunca antes na história do Deter (o satélite que vigia as áreas abertas na floresta) houve tamanha queda num mês de pico", afirmou.

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