Ministério de Cristina Kirchner terá novo nome na Economia

Banqueiro assumirá pasta; maior parte dos ministros atuais continuará no governo.

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Por Marcia Carmo
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O chefe de gabinete da Presidência da Argentina, Alberto Fernández, anunciou, nesta quarta-feira, o ministério da presidente eleita do país, Cristina Fernández de Kirchner, que toma posse no dia 10 de dezembro. Os principais ministros do atual governo do presidente Néstor Kirchner, marido de Cristina, continuarão em seus cargos. Mas no lugar do atual ministro da Economia, Miguel Peirano, assumirá o atual presidente do Banco Província, Martín Lousteau - que, segundo analistas, deve dar prioridade ao desenvolvimento da indústria do país. Segundo a imprensa argentina, Peirano deixa o Ministério por discordar da política do governo Kirchner de "interferir" na gestão do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (Indec), responsável pelos dados da inflação. Outras novidades na equipe de Cristina são os nomes dos ministros da Educação, Juan Carlos Tedesco, e de Lino Barañao, que ocupará uma nova pasta, a da Ciência e Tecnologia. Para o analista político da emissora de televisão Todo Noticias, Edgardo Alfano, a escolha dos titulares nos ministérios é a "prova da continuidade" da administração Kirchner. Entre os ministros que trabalham na administração de Néstor Kirchner e vão permanecer na gestão de Cristina destacam-se os ministros de Planejamento, Julio de Vido>; das Relações Exteriores, Jorge Taiana; do Trabalho, Carlos Tomada; da Ação Social, Alícia Kirchner; da Defesa, Nilda Garré; e o atual ministro do Interior, Aníbal Fernández, que assumirá a pasta da Justiça, Segurança e Direitos Humanos. A nova ministra da Saúde, Graciela Ocaña, também integrava a equipe de Kirchner, na área de Previdência Social. Até o último momento, uma das principais dúvidas era a permanência ou não de Julio de Vido, homem forte do governo Kirchner, assim como Alberto Fernández, com quem, segundo a imprensa argentina, o atual presidente trava uma disputa política. "Julio de Vido continuará no ministério de Cristina, apesar das denúncias de corrupção e até judiciais contra sua pasta", disse Edgardo Alfano. "A dúvida sobre a continuidade de De Vido era exatamente esta, a das denúncias, mas o governo optou por mantê-lo, entre outros motivos, porque administrou bem a última crise energética vivida pelo país, durante o inverno", disse o analista econômico da TN, Marcelo Bonelli. Apesar das especulações, não foi confirmada a continuidade de Guillermo Moreno, atual secretário de Comércio, acusado de ser o responsável pela "intervenção" nos dados da inflação. Especula-se que Moreno assuma a presidência da Enarsa, a estatal petroleira criada na gestão de Kirchner, mas que ainda não saiu do papel. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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