A manhã desta quinta-feira, 22, não foi como esperavam os passageiros do monomotor modelo Cherokee que transportava pessoas em atividade de lazer para o Clube Mediterraneé, em Itaparica. Por volta das dez horas, após a decolagem pela pista auxiliar do Aeroporto Internacional Luís Eduardo Magalhães, a aeronave caiu numa área ainda pertencente ao aeroporto. Uma das pessoas a bordo, Alexandre Guimarães, faleceu antes de chegar ao Hospital Geral do Estado (HGE), onde foi apenas constatado o óbito, de acordo com o médico Jorge Lopes. Ele afirmou que o rapaz apresentava queimaduras de segundo e terceiro grau atingindo quase 100% da superfície corpórea. Os outros feridos foram transportados para o Hospital Aeroporto, onde faleceu também Evandro Mendes. Ambos eram funcionários de uma consultoria e estavam indo para uma confraternização. O terceiro passageiro e o piloto da aeronave continuam internados em estado grave. As equipes de Segurança e Operação da Infraero, a seção contra incêndio da Polícia Militar e o Corpo de Voluntários de Emergência do aeroporto dirigiram-se para a aeronave, logo em seguida ao acidente, efetuando a prestação de socorro. As operações de pouso e decolagem do aeroporto não sofreram alteração. O processo de investigação das causas do acidente está sendo conduzido pela Aeronáutica. O Centro Nacional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) que dirige sete comandos aéreos regionais, cada um com seu setor de prevenção, vai atuar através do comando de Recife, o Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA II), que também abrange Salvador. Os oficiais desses órgãos já começaram os trabalhos, que devem durar de 90 a 180 dias. Será feito um levantamento de tudo o que contribuiu para o acidente, tendo como objetivo final a prevenção. Será feita uma análise da parte mecânica da aeronave, fuselagem e tudo o que envolve o vôo. O objetivo é ver se existe algum problema que pode causar a queda de outras aeronaves. Todos os pilotos deverão saber do resultado da investigação para poderem realizar a prevenção de novos acidentes. "É uma aeronave pequena, mas quando envolve vidas humanas, todo o acidente é grande", lembrou o Tenente Guerreiro, da Assessoria de Comunicação da Aeronáutica. Matéria ampliada às 18h48