A construção do monotrilho de Manaus deverá ser retirada da matriz de responsabilidades para a realização da Copa do Mundo de 2014 no Brasil, já que provavelmente não será concluída a tempo do torneio, disse nesta terça-feira o governador do Amazonas, Omar Aziz. A matriz é uma série de ações que incluem obras em estádios, mobilidade urbana, portos, aeroportos e telecomunicações, com valor total estimado de 27,3 bilhões de reais. "O monotrilho vai sair da matriz de responsabilidade da Copa", disse Aziz a jornalistas após reunir-se com a presidente Dilma Rousseff no Palácio do Planalto. Ele não deu previsão para a conclusão da obra. "Eu espero que (seja) o mais rápido possível", afirmou. Duas obras de mobilidade urbana já foram retiradas da matriz de responsabilidades, segundo o Ministério do Esporte: a construção de corredores de ônibus BRT (Bus Rapid Transport) em Salvador e a do veículo leve sobre trilhos (VLT) em Brasília. As obras de mobilidade urbana são consideradas pelo governo um legado da Copa, mas algumas delas não deverão ficar prontas para o evento. Em Manaus, serão disputadas quatro partidas do Mundial, todas na primeira fase do torneio. A Arena da Amazônia alcançou 45 por cento das obras em setembro, segundo o Ministério do Esporte. O Brasil já recebeu duras críticas da Fifa pelo atraso nos preparativos para o Mundial. O secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, chegou a dizer em março que o país precisava de um "chute no traseiro" para acelerar as obras. O dirigente, que está no país realizando nova inspeção de obras de estádios e infraestrutura, mostrou preocupação com a organização da Copa das Confederações, no ano que vem, em seis cidades, conforme planejado inicialmente, devido a atrasos nos trabalhos. (Por Hugo Bachega)
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