Uma das detentas agredidas pelas presas rebeladas na Penitenciária Feminina de São Paulo, no Complexo Carandiru, na zona norte, morreu por volta das 19h00 na Santa Casa de Misericórdia. A rebelião continua, mas foram interrompidas as negociações, que deverão ser retomadas amanhã. Oito pessoas continuam reféns, segundo informações da Secretaria de Administração Penitenciária. A revolta das 664 internas do presídio teve início às 13h15, quando terminou o banho de sol. O presídio, com capacidade para abrigar 410 detentas, se encontra com superlotação. As rebeladas colocaram fogo em colchões e outros materiais inflamáveis e viaturas do Corpo de Bombeiros foram encaminhadas para o local. No início da noite, chegaram também tropas do Batalhão de Choque, que não recebeu ordem para invadir a penitenciária. A duas presidiárias foram agredidas e socorridas no PS de Santana. Uma delas é Quitéria Silva Santos, que sofreu um corte profundo no pescoço. Removida à Santa Casa de Misericórdia, morreu no início da noite. A outra está grávida de sete meses e encontra-se em observação.