O movimento cresceu nos aeroportos do País com o aumento dos atrasos nos terminais de São Paulo, Brasília, Minas Gerais e de capitais do Nordeste. A Aeronáutica afirmou que as torres de controle do País funcionam normalmente nesta quarta-feira e o maior problema é o efeito cascata dos atrasos de terça-feira. De acordo com os painéis da Infraero no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, desde às 6 horas até às 9 horas, 14 vôos tinham problemas: sete deles foram cancelados e outros sete estavam atrasados. De acordo com informações da Rádio Eldorado, no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos, os vôos com partidas para o Norte e o Nordeste tinham os maiores problemas. MG, PE e Brasília No aeroporto de Confins, em Minhas Gerais, 12 vôos foram cancelados e quatro estavam atrasos. Em Recife, 21 pousos e decolagens estavam atrasados, até às 9h30. No Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, às 9 horas, cerca de 500 pessoas aguardavam a definição das companhias aéreas para embarque. O painel de informações registrava 20 vôos programados para sair nesta manhã, mas até aquele horário apenas três embarques haviam sido confirmados. Comandante e ministro O comandante da Aeronáutica, brigadeiro Luiz Carlos Bueno, afirmou que os vôos estavam acumulados em Brasília por conta do problema nas transmissões do Cindacta-1, na capital federal, durante a terça-feira. O ministro da Defesa, Waldir Pires, afirmou que a situação nos aeroportos deve se normalizar nesta quarta-feira, depois da reunião com o presidente Lula na noite de terça-feira. "O Presidente deu instruções no sentido de que se tenha condições semelhantes dos equipamentos de Brasília em São Paulo, como alternativa para que os atrasos não aconteçam mais", afirmou. Pane Na terça-feira, uma pane nos equipamentos de rádio que fazem a comunicação entre o Cindacta-1, de Brasília, e os aviões monitorados por esse setor provocou o maior apagão no tráfego aéreo do País, obrigando a suspensão de todos os vôos controlados por Brasília por mais de seis horas, afetando principalmente São Paulo e Minas Gerais. Depois das 19h30, todos os vôos de Brasília, São Paulo e Minas foram cancelados. Também houve atrasos no Rio e em Mato Grosso do Sul. No total, centenas de vôos sofreram atraso, mas os números não tinham sido tabulados. ?Nunca houve um dia como este na aviação civil brasileira?, disse o presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi. De acordo com o comandante do Cindacta-1, coronel Carlos Aquino, ocorreram duas panes no sistema ao longo do dia. A primeira, parcial, entre 9 horas e 10 horas, quando apenas 13 das 20 freqüências de rádio que fazem as comunicações estavam funcionando. A segunda pane foi à tarde, entre 13 horas e 16 horas, quando, depois de três horas totalmente paralisadas, as operações foram retomadas.
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