MPF cobra rapidez da PF ao investigar

Procurador cita 22 casos em que houve ?demora? para abrir inquérito

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Foto do author Fausto Macedo

O Ministério Público Federal (MPF) anunciou ontem que constatou mais 22 casos de "demora" na instauração de inquérito sobre apreensão de drogas na Polícia Federal (PF) em São Paulo. Em ofício à Superintendência Regional da PF, o procurador da República Roberto Antonio Dassié Diana também pede mais informações sobre documento em que a própria corporação teria admitido existência de 300 expedientes sem inquérito na Delegacia de Repressão a Entorpecentes. Segundo o procurador, desde 19 de janeiro foram identificados os 22 casos em que o inquérito policial só foi instaurado muito tempo depois da ocorrência, o que eleva para 37 o número de ocorrências similares. É a segunda vez neste ano que o MPF reitera pedidos de informações sobre casos em que a instauração do inquérito ocorreu somente meses após a apreensão dos entorpecentes. Dassié reiterou pedidos sobre casos de armas e produtos apreendidos que teriam sumido - entre os quais uma submetralhadora e um CD e um livro encaminhados pela CPI da Pirataria. O procurador coordena o Grupo de Controle Externo da Atividade Policial. Ele pede esclarecimentos sobre estatística elaborada por um delegado da PF em um procedimento de natureza cível. No ofício 173/2008-GSR/SR/DPF/SP, de 25 de março de 2008, a PF informa que, em 2007, havia na Delegacia de Entorpecentes cerca de 300 expedientes pendentes de instauração de inquérito. A PF não admite irregularidades em procedimentos de sua alçada e rejeita as suspeitas. Em janeiro, quando o MPF cobrou os dados pela primeira vez, a PF rebateu com uma outra cobrança - que a Procuradoria apontasse quais os casos de inquéritos não instaurados.

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