Pelo menos 100 mulheres da Via Campesina (que fala em atuação de 300), de várias regiões do Estado de São Paulo, invadiram a unidade de pesquisa da multinacional Monsanto, em Santa Cruz das Palmeiras, na região de Ribeirão Preto, na madrugada desta sexta-feira, 7. Elas cortaram três vãos de cerca e destruíram um viveiro e o campo experimental de milho transgênico da empresa, além de picharem a guarita de entrada. O grupo-que é ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)- saiu logo em seguida. Veja também: Mulheres da Via Campesina destroem transgênicos da Monsanto Via Campesina faz protesto contra 'deserto verde' no RS Brigada Militar nega violência Grupos ocupam sede da Codevasf e engenho A manifestação integra a Jornada Nacional de Lutas da Via Campesina e é um protesto contra a liberação de duas variedades de milho transgênico pelo Conselho Nacional de Biossegurança (CNBS), ocorrido em fevereiro. "Somos contra e o uso do transgênico tira a autonomia dos produtores, que ficam reféns da Monsanto", disse, de Brasília, a coordenadora nacional da Via Campesina. Em nota oficial, a empresa "condena veementemente atos ilegais como este, inclusive desrespeitando recentes decisões do Poder Judiciário". A Monsanto alega que, em regime democrático, não devam ocorrer "atentados aos indivíduos e à propriedade privada". Boletim de ocorrência da invasão foi registrado na Polícia Civil. Texto alterado às 13 horas para acréscimo de informações
Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.
Notícias em alta | Brasil
Veja mais em brasil