O percussionista Paulo Negueba, do grupo O Rappa, deve ser submetido, na próxima quarta-feira, à terceira operação desde que foi baleado por policiais militares durante uma operação na Favela de Vigário Geral, na zona norte do Rio, na dia 9. O percussionista, de 21 anos, mora na comunidade desde que nasceu. A decisão sobre a cirurgia será tomada amanhã pela equipe médica que cuida do músico no hospital Copa D?Or, em Copacabana. Negueba foi atingido por dois tiros - um acertou as costas e o outro provocou um grave ferimento no tornozelo direito. Também na quarta-feira, O Rappa e Caetano Veloso fazem um show para arrecadar dinheiro para pagar a despesa hospitalar do percussionista. Integrantes do grupo disseram hoje que, apesar da ausência de Negueba, os shows da turnê do disco Instinto Coletivo não vão parar. "O Altair e o Cléber, que também vieram do Afro Reggae, estão substituindo o Negueba", contou Falcão, vocalista do grupo. "Nós não podemos parar de fazer shows porque são pelo menos 20 pessoas que trabalham direto conosco, ou seja, 20 famílias a serem sustentadas. Além disso, é o que gostamos de fazer e é nossa contribuição para melhorar a vida das pessoas", acrescentou o cantor.
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