O Estado de Goiás é o segundo no ranking do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em número de presos soltos durante o mutirão carcerário. Foram 1.160 pessoas libertadas por já terem cumprido pena ou por terem direito a benefícios, como progressão de regime ou livramento condicional. Pelos dados do CNJ, Goiás perde apenas para o Ceará, com 1.339 presos soltos pelo mutirão, e fica logo à frente da Bahia, com 1.037 libertados. Os últimos números fizeram o CNJ ultrapassar a marca de 10 mil presos liberados durante os mutirões carcerários. Até a segunda-feira, 10.468 detentos em 16 Estados foram colocados em liberdade. De todos os 54.545 processos analisados pelos juízes que auxiliam o conselho, 19% permitiam que o preso já fosse para a rua. "Isso mostra o acerto da medida que criou os mutirões carcerários e a necessidade de acompanharmos com mais rigor o sistema criminal", disse o presidente do CNJ, ministro Gilmar Mendes. Segundo ele, o objetivo é tratar o assunto de maneira completa, de forma que reintegre essas pessoas: "Se esse contingente não encontrar um mecanismo de reinserção, pode voltar ao crime", alertou, lembrando que o conselho criou programas específicos para isso. Em Goiás, o conselho identificou 36 casos em que os presos foram condenados e já haviam cumprido a pena imposta pela Justiça e foram libertados imediatamente.
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