Em fevereiro de 2008, o São Paulo inscreveu o atacante Roni, de apenas 16 anos, na Taça Libertadores. Ontem, o atacante Ronieli, de 18, marcou um golaço e garantiu o empate que levou o São Paulo à disputa nos pênaltis.Roni e Ronieli são a mesma pessoa. O jovem jogador já alcançou o sonho de todos seus colegas: ser levado ao time profissional. A promoção foi realizada por Muricy Ramalho, em 2008, quando até o nome do atacante mudou. De reserva do time júnior na Copinha, recebeu a camisa 16 na Libertadores.Sem maturidade para se firmar na equipe adulta, o garoto teve o talento ofuscado - participou apenas de uma partida no profissional, um 0 a 0 contra o Atlético-PR, pela Copa Sul-Americana. De volta ao time de juniores, Ronieli celebra o bom momento, além do título e o troféu de melhor jogador na decisão da Copa São Paulo.Você teve uma participação decisiva na conquista do título. Como foi essa final?O título foi merecido, acima de tudo. Seria injusto não conquistar a taça, com todo respeito à equipe do Santos. Nossa campanha foi quase perfeita.Sua trajetória é bem diferente dos demais jogadores. Você foi muito jovem para a equipe profissional, voltou ao time júnior e conseguiu se destacar. Como foi isso?Sempre tive a humildade de dizer que não estava preparado. Eu sabia da grandeza da oportunidade que recebi, mas não consegui aproveitar da maneira como gostaria. Perdi quase dois anos. Fiquei sem jogar também por lesão e sofri a perda de uma pessoa muito importante da família. O importante é que eu lutei e estou aqui, mais maduro para outra oportunidade.Você passou boa parte do segundo tempo mancando. Por que não pediu para sair?Senti uma entorse antiga (no tornozelo direito) no jogo passado e fiz tratamento para estar em campo. Só nesse jogo virei o pé duas vezes. Mas tinha que ser guerreiro. Valeu pela superação.A.R. e B.D.
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