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Da CN Tower de Toronto a outros pontos turísticos: a paisagem urbana

Pontos de interesse em Toronto vão muito além da CN Tower. Metrópole mistura verde dos parques com arquitetura histórica e moderna. Do aquário Ripley's ao mercado St. Lawrence, cidade mostra beleza natural e urbana

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Foto do author Nathalia Molina

Toronto é bonita.

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A paisagem urbana da metrópole é dominada por seu maior cartão-postal. Na área central de Toronto, a CN Tower aparece a cada esquina. Nem que seja apenas sua pontinha você vai se pegar vendo, mesmo sem querer.

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Tamanha imponência faz da torre mais do que uma atração de Toronto. A CN Tower é certamente um dos pontos turísticos do Canadá. Seja de dia ou de noite, com ou sem jantar na CN Tower, a visita oferece uma dose de emoção: do chão de vidro (342 metros acima do solo) a um passeio ao ar livre no lado externo da circunferência, a 356 metros, sobre o telhado do restaurante.

Toronto, a maior cidade do Canada, com sua emblemática CN Tower - Foto: Nathalia Molina

Só a panorâmica de ruas e prédios da maior cidade do Canadá já promete ser emocionante. Ainda mais quando somada à visão que se tem do lado oposto do terraço chamado de LookOut (a 346 metros) ou do SkyPod, o ponto de observação mais alto da visita (a 447 metros). Lá está esparramado o Lake Ontario, um dos cinco Grandes Lagos, na fronteira do Canadá com os Estados Unidos.

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Desde a primeira vez em que estive em Toronto, em 2010, a região do Harbourfront (o porto no sul da cidade, diante do Lake Ontario) vem passando por uma grande mudança. Quando visitei a CN Tower pela primeira vez, aquele pedaço da cidade tinha tapumes e não era nem perto do que se tornou interessante hoje.

Ali embaixo, ao lado da torre, desde 2013, dá para visitar uma das novidades que surgiram durante esses sete anos: o Ripley's Aquarium of Canada, o aquário de Toronto, com 16.000 animais. Quem gosta do assunto deve conferir a beleza vista nos tanques. Um ponto deslumbrante é o túnel com uma esteira rolante no piso. Enquanto o chão se move lentamente, tubarões e arraias passam sobre sua cabeça. A meninada costuma adorar o Ripley's Aquarium.

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Mais adiante, a ciclovia decorada com as indefectíveis folhinhas de maple é uma pedida para conhecer Toronto de bicicleta. O desenho que estampa o centro da bandeira do Canadá também está em destaque no chão de Sugar Beach, perto da areia. A praia, instalada na pontinha em frente à Lower Jarvis Street, fica ao lado do prédio da Redpath Sugar, fabricante de açúcar. Para ir até lá, basta andar por Queens Quays, boulevard diante do Lake Ontario.

 

Folhinhas de maple na ciclovia de Toronto Foto: Estadão

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Uma caminhada ou corrida nesse calçadão mostra como está ficando a região. Entre as ruas Bathurst e Parliament, uma extensão de cerca de três quilômetros desse boulevard já foi revitalizada. É dali, do Jack Layton Ferry Terminal, que saem os barcos para Toronto Islands, o arquipélago diante da metrópole. Em terra do outro lado ou a bordo de uma embarcação, você tem a melhor perspectiva do skyline da metrópole canadense. Sabe aquele contorno da CN Tower com os prédios no horizonte tão retratado em fotografias, pois é, você costuma encontrar daquele ângulo, de dentro do lago.

Durante o verão, o conjunto de Toronto Islands era um bucólico passeio, com parque de diversão, aluguel de bicicleta e áreas de piquenique (a maioria das atrações geralmente funcionava apenas de maio a setembro). Mas, infelizmente, em 2017 as ilhas sofreram com inundações nas chuvas de primavera e permaneceram fechadas ao público. A reabertura, com muito ainda por reconstruir, ocorreu agora no início de agosto.

A paisagem bonita que eu registrei num verão, na ilha central de Toronto Foto: Estadão

Nas ilhas, ficam alguns dos parques da cidade. Mas existem muitos outros para aproveitar: Toronto tem aproximadamente 1.500 parques. Somados, eles ocupam 13% da área da cidade. Preservam praias à beira do Lake Ontario, jardins, campos de esportes e áreas recreativas. No início da primavera canadense (entre março e abril), um deles é muito fotografado: o High Park. A razão é a floração das cerejeiras, que pinta de rosa a paisagem daquele pedaço.

Já no centro da cidade, na Nathan Phillips Square, o colorido vem das letras do nome de Toronto, num dos pontos mais fotografados por visitantes. A Nathan Phillips fica na esquina das ruas Queen e Bay. Os prédios cintilantes da Bay Street, a rua do sistema financeiro em Toronto, também rendem boas fotos, durante uma caminhada, em ângulos alucinantes com a câmera apontada para o céu. Ou vistos de um ponto alto do sul de Toronto. Já cliquei Downtown de cima da CN Tower e do Delta Toronto Hotel, tanto do quarto quanto da linda piscina coberta e cercada por janelões de vidro.

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Prédios do centro financeiro ao amanhecer  

Do grupo Marriott, o hotel também foi inaugurado nessa renovação do sul de Toronto, em 2014. Fiquei hospedada lá na última viagem que fiz pelo Como Viaja, a convite da Ontario Tourism, que cuida da divulgação turística da província de Ontario. Já na chegada você vê que o estabelecimento honra o gosto da cidade pelo belo, pelo moderno, pelo design.

Lobby do Toronto Delta Hotel Foto: Estadão

Arquitetura de Toronto, histórica e moderna

A paisagem urbana de Toronto reúne alguns pontos de interesse para quem aprecia arquitetura. Entre eles, os prédios arrojados de seus dois principais museus: a Art Gallery of Ontario (AGO), com projeto de expansão a cargo de Frank Gehry, e o Royal Ontario Museum (ROM), com anexo criado em forma de prisma por Daniel Libeskind. Fãs de Santiago Calatrava devem ir ao Brookfield Place, complexo de escritórios na Bay Street. É entrar e olhar para cima para ver as curvas características do arquiteto espanhol.

Brookfield Place, com as linhas de Calatrava Foto: Estadão

Para exemplares históricos com bonitas formas arquitetônicas, além do Distillery Historic District (complexo de lojas, restaurantes e cafés instalado numa antiga destilaria, ao leste), você encontra quatro edifícios perto da Bay Street, caminhando ao longo da Front Street: a Union Station (estação de trem, com conexão para metrô e transporte para o aeroporto internacional), o histórico Royal York Hotel (hoje parte da rede Fairmont), o Gooderham Building (pontiagudo, no encontro das ruas Wellington e Front) e o St. Lawrence Market (delicioso mercado da cidade). Os dois últimos foram construídos no século 19, e os primeiros, no início do século 20, durante a expansão ferroviária.

Fairmont Royal York à esquerda, em frente à Union Station  

 

Goorderham Building em cor de telha à direira  

No fim do século 19, a arquitetura vitoriana aparece nas casinhas vistas ainda hoje em bairros como Yorkville e Kensington Market (na sua vizinha Spadina Avenue, a paisagem urbana é marcada pelo chinês nos letreiros de Chinatown e pelo emaranhado da fiação do bonde elétrico, a cada grande cruzamento). De perfis muito diferentes -- Yorkville é requintado, e Kensington Market, alternativo --, ambos estão entre os cartões-postais de Toronto.

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Seguindo rumo ao norte no mapa da metrópole, depois de Annex, o bairro da Universidade de Toronto, está a Casa Loma, mais um ponto turístico da cidade que se destaca pela arquitetura. O visual gótico do castelinho de 1914, aberto à visitação, já serviu de locação para produções de TV e cinema. Foram filmadas lá, por exemplo, cenas de X-Men (escola do Professor Xavier) e Chicago (escritório de Billy Flynn).

Terceiro maior centro de produção de filmes e programas televisivos da América do Norte, Toronto é muito usada para retratar cenas em grandes cidades, entre elas, Nova York. Embora seja a maior cidade do Canadá (em torno de 6,3 milhões de pessoas vivem na área metropolitana de Toronto, segundo dados do órgão governamental Statistics Canada), a metrópole mais ao norte é bem mais tranquila e menor do que a americana. A cidade que já foi chamada de York atrai muitas produções com suas locações que misturam o verde dos parques às linhas da arquitetura histórica e moderna. Um cenário é tanto também para uma viagem de férias.

 

QUEM FAZ

Nathalia Molina viaja desde os 5 anos, adora café da manhã e aprecia um bom serviço no turismo. Essencialmente urbana, também tem seus dias de paisagem natural. É jornalista de viagem há 20 anos e ganhou 4 vezes o prêmio da Comissão Europeia de Turismo. Em 2011, criou o Como Viaja: acompanhe no Instagram @ComoViaja, no grupo gratuito no WhatsApp e em comoviaja.com.br

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