Negociação Egito-Hamas por trégua com Israel termina sem acordo

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Por NIDAL AL-MUGHRABI
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O Egito manteve na quinta-feira negociações com o Hamas e a Jihad Islâmica, na tentativa de promover uma trégua desses grupos com Israel na Faixa de Gaza, mas não alcançou um acordo. A iniciativa tem apoio dos Estados Unidos. Líderes dos grupos islâmicos disseram após a reunião que vão estudar a proposta egípcia, com a qual não se comprometeram. Sami Abu Zuhri, porta-voz do Hamas, afirmou que cabe a Israel fazer um compromisso inicial de suspender "todas as formas de agressão" e encerrar o bloqueio econômico contra o pobre território litorâneo. A pacificação da Faixa de Gaza é decisiva para permitir ao presidente Mahmoud Abbas, adversário do Hamas, manter negociações de paz com Israel, retomadas precariamente em novembro nos EUA. A reunião aconteceu em El Arish, cidade egípcia ao sul da Faixa de Gaza, três dias depois do final de uma ofensiva israelense contra o norte do território, que resultou na morte de 120 palestinos, metade dos quais identificados como civis. Em Bruxelas, a secretária de Estado norte-americana, Condoleezza Rice, disse ter conversado com dirigentes egípcios e manifestado "confiança" de que seus esforços seriam benéficos para o processo de paz. "É extremamente importante que haja um esforço para levar a calma até lá", disse Rice, que classificou o Egito de "bom aliado". Abbas, cuja facção Fatah governa apenas a Cisjordânia, suspendeu as negociações com Israel em protesto contra a violência na Faixa de Gaza. Rice, que nesta semana visitou Israel e a Cisjordânia, disse que Abbas já aceitou retomar o diálogo. (Texto de Jeffrey Heller em Jerusalém; reportagem adicional de Brenda Gazzar e Adam Entous em Jerusalém e Paul Taylor em Bruxelas)

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