A técnica de enfermagem Lidiane da Silva Garcia, de 32 anos, moradora de São Gonçalo (RJ), sofreu três paradas cardíacas após fazer uma ressonância magnética de pelve com contraste, no laboratório Labs D'Or, em setembro do ano passado.
De acordo com seu marido, Adriano da Silva Garcia, ela não tinha nenhum problema de saúde e teve uma reação alérgica imediatamente após a aplicação do contraste gadolínio - o mesmo usado nos três pacientes que morreram em Campinas.
"Ela começou a ficar vermelha e a se coçar. Acionaram uma ambulância para transferi-la para um hospital. Ela teve a primeira parada cardíaca dentro da ambulância", conta Garcia.
Já no hospital, Lidiane foi reanimada e ficou internada no Centro de Terapia Intensiva (CTI) por uma semana. Recebeu alta, mas voltou a passar mal em casa, onde teve outra parada cardíaca.
"Ela voltou para o hospital, onde ficou internada por mais de dois meses. O laboratório nunca nos explicou o que aconteceu, apenas informou que era um caso isolado. Agora, com essas mortes, resolvemos investigar", diz.
Lidiane recebeu alta, mas toma 3 antialérgicos e 2 antidepressivos todos os dias. Tem problemas respiratórios - ela anda sempre com um cilindro de oxigênio, para caso lhe falte ar. "Vivemos 100% em alerta", diz.
Em nota, o Labs D'Or informou que "após a intervenção, a paciente apresentou lesões cutâneas e falta de ar, em quadro indicativo de reação alérgica". Diz ainda que ela foi encaminhada para um hospital, que passou a ser o responsável pelo seu atendimento. A nota também diz que Lidiane passou por uma entrevista e não relatou ter alergia antes de fazer o exame.