A doença que já matou até 149 pessoas no México e ameaça se espalhar pelo mundo não deveria ser chamada de "gripe suína", pois também contém componentes humanos e aviários, e até agora não se localizou nenhum porco afetado pelo vírus, disse na segunda-feira a Organização Mundial da Saúde Animal (conhecida por sua antiga sigla OIE). De acordo com a entidade, seria mais lógico chamar o vírus de "gripe norte-americana", baseando-se na sua origem geográfica, a exemplo da "gripe espanhola", pandemia de origem animal que matou mais de 50 milhões de pessoas em 1918 e 19. "O vírus não foi isolado em animais até agora. Portanto, não se justifica chamar a doença de 'influenza' (gripe) suína", disse a OIE, que tem sede em Paris. A Comissão Europeia disse que o vírus não foi vinculado a porcos. A Organização Mundial da Saúde descartou qualquer risco de contaminação pelo consumo de carne de porcos ou derivados. (Reportagem de Sybille de La Hamaide em Paris, com reportagem adicional de Jeremy Smith em Bruxelas e Anna Ringstrom em Copenhague)