Notícias do dia: demissão de Moro, troca de acusações com Bolsonaro e a reação negativa do mercado

Investigação contra o presidente, mortes por coronavírus no Brasil, avanço da covid-19 nos EUA e na Rússia e a possibilidade do fim da união da Boeing com a Embraer também foram assuntos desta sexta-feira

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Por Redação
Atualização:

Sérgio Moro pediu demissão do ministério da Justiça e acusou Jair Bolsonaro de interferir na Polícia Federal. Baseado nas acusações de Moro,  o procurador-geral da República Augusto Aras pediu uma investigação contra o presidente. Em pronunciamento, Bolsonaro acusou seu ex-ministro de exigir indicação ao Supremo Tribunal Federal. Com a saída de Moro, o dólar bateu novo recorde e a Bolsa registrou forte queda. E o presidente de grupo empresarial pró-Bolsonaro disse que apoio ficou abalado. 

Leia também sobre as novas mortes por coronavírus no Brasil, o avanço da covid-19 nos EUA e na Rússia e a possibilidade do fim da união da Boeing com a Embraer

Veja abaixo a lista das principais notícias do 'Estadão' nesta sexta-feira, 24 de abril de 2020:

1. Ao deixar governo, Moro acusa Bolsonaro de interferência na PF

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Sérgio Moro anuncia saída do Ministério da Justiça Foto: Gabriela Biló/Estadão

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Ao anunciar a saída do cargo, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, acusou o presidente Jair Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal para obter acesso a informações sigilosas e relatórios de inteligência. 

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2. Moro condicionou troca de Valeixo a indicação para o STF, acusa Bolsonaro

Ao lado de ministros e do vice Hamilton Mourão, o presidente Jair Bolsonaro faz pronunciamento sobre demissão de Sérgio Moro Foto: Ueslei Marcelino/Reuters

Em resposta à saída, recheada de acusações, do ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que Moro condicionou à exoneração do diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, a uma indicação para o Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro. Logo após o pronunciamenento, o ex-ministro Sérgio Moro respondeu o presidente em sua conta no Twitter e negou que tenha condicionado uma troca no comando da PF a sua indicação ao STF. 

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3. Augusto Aras pede investigação ao Supremo após declarações de Sérgio Moro

O procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu ao STF que intime a cúpula da CPI da Covid para prestar esclarecimentos. Foto: Evaristo Sá/AFP

O procurador-geral da República, Augusto Aras, decidiu pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma investigação após as declarações do ex-ministro da Justiça Sergio Moro. O objetivo é apurar se foram cometidos os crimes de falsidade ideológica, coação no curso do processo, advocacia administrativa, prevaricação, obstrução de justiça, corrupção passiva privilegiada, denunciação caluniosa e crime contra a honra.

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4. Com saída de Moro, dólar chega a R$ 5,74 e Bolsa quase aciona 'circuit breaker'

Painel na Bolsa de Valores de São Paulo, a B3 Foto: Gabriela Biló/Estadão

Com a saída do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Morodo governo, a Bolsa de Valores de São Paulo intensificou as perdas e chegou perto de acionar o 'circuit breaker', mecanismo que suspende as negociações. Com os resultados negativos do pregão, a B3 fechou com queda de 5,45%, aos 75.330,61 pontos. O dólar também reagiu negativamente e chegou a máxima histórica de R$ 5,74. A moeda terminou o dia com alta de 2,40%, a R$ 5,66.

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5. ‘É o começo do fim de Bolsonaro’, diz presidente de grupo empresarial

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Gabriel Kanner, presidente do instituto Brasil 200 Foto: FELIPE RAU/ESTADÃO - 2/5/2019

“Hoje, qualquer tipo de esperança que a gente pudesse ter no Bolsonaro veio por água abaixo”, disse Gabriel Kanner, presidente do Instituto Brasil 200, que reúne cerca de 300 empresários em todo o Brasil que apoiaram o presidente Jair Bolsonaro durante a campanha e ao longo do seu governo.

6. Brasil registra 357 novas mortes por coronavírus nas últimas 24 horas

Membros das Forças Armadas limpam hospitais públicos em Brasilia Foto: Joedson Alves/ EFE

De acordo com o boletim do Ministério da Saúde, o Brasil registrou 357 mortes provocadas pelo novo coronavírus 3.503 casos da doença nas últimas 24 horasCom isso, em todo o País, o número total de mortes de pessoas infectadas pelo novo coronavírus chegou a 3.670, com um total de 52.995 casos confirmados. 

7. EUA ultrapassam 50 mil mortes por covid-19 em números oficiais

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Imagem feita com drone do local preparado na Hart Island, em Nova York, para sepultar as vítimas do coronavírus Foto: Lucas Jackson/Reuters

Os Estados Unidos chegaram a 50.031 mortes causadas pela covid-19, com ao menos 870.468 casos confirmados da doença, cuja pandemia motivou o confinamento da maioria da população e a paralisação de grande parte da atividade econômica para evitar a propagação dos contágios.

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8. Trump sugere injeção de desinfetante para limpar pulmões contra covid-19

Trump durante entrevista coletiva diária na Casa Branca Foto: Mandel Ngan/AFP

O presidente dosEstados Unidos, Donald Trump, sugeriu métodos sem embasamento científico para combater o novo coronavírus em seu briefing diário na Casa Branca na quinta-feira, 23. Ele comentou sobre o uso de uma injeção de desinfetante e da luz ultravioleta. 

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9. Rússia se aproxima de 70 mil casos de coronavírus

O bailarino Ivan Zaytsev, principal do Teatro Mikhailovski, e seu filho, estudante da Academia Vaganova, treinamconfinados em sua casa, em São Petesburgo, em meio à pandemia na Rússia Foto: Anton Vaganov/Reuters

Rússia registrou nesta sexta-feira, 24, 5.849 casos confirmados do novo coronavírus, elevando a 68.622 o número de pessoas infectadas em todo o país. Sessenta pessoas morreram em 24 horas, elevando a 615 o número de mortos.

10. Boeing avalia desistir de união com Embraer, diz jornal inglês

Analistas comentaram que a Boeing tinha um grande estímulo para desistir no negócio. Foto: REUTERS/Matt Mills McKnight

O plano da Boeing de adquirir o negócio de jatos regionais da Embraer no Brasil ficou sob risco nesta sexta-feira, 24, segundo a versão online do jornal britânico Financial Times. Os dois lados discutiram as condições associadas à união de bilhões de dólares poucas horas antes do prazo que dá a cada uma das companhias o direito de desistir do acordo. 

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