Nova estação na Antártida só deverá ficar pronta em 2016

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A nova estação brasileira na Antártida só deverá ficar pronta em 2016. O ministro da Defesa, Celso Amorim, disse nesta segunda-feira (17) que o projeto da nova base permanente - que vai substituir a Estação Comandante Ferraz, destruída por um incêndio em fevereiro - será concluído até o verão de 2013/2014, para que a reconstrução seja iniciada nesse período.Segundo Amorim, serão montados agora os chamados módulos emergenciais, que servirão para apoiar a realização de pesquisas até a conclusão das obras. "Quando se fala em módulo emergencial, parece que não vai acontecer nada, mas na realidade não será uma coisa muito acanhada", disse o ministro. "A ideia é que possamos estar em condições de terminar um projeto no verão de 2013 para 2014 e começar a construção. Aí teremos talvez mais um ano e meio ou dois anos para terminar a nova estação".Amorim disse que as pesquisas continuarão sendo realizadas até lá com o apoio dos módulos emergenciais, de navios antárticos e de países como Argentina e Chile. "Entendo que nenhum programa sofreu interrupção. Todos continuam, de uma forma ou de outra, apoiados seja nos navios, seja nos módulos ou por outras nações", acrescentou o ministro. Segundo ele, há quatro brasileiros numa estação chilena que serve de apoio logístico e o País usará também uma base argentina, que ofereceu seis vagas para pesquisas conjuntas.Amorim disse que os R$ 40 milhões liberados pela presidente Dilma Rousseff após a tragédia já foram totalmente empenhados, principalmente na remoção de dejetos da base incendiada, inclusive para impedir danos ambientais. No mês que vem, com o término do inverno no continente, a Marinha iniciará os trabalhos de desmontagem das partes da base afetadas pelo fogo. "Obviamente haverá um custo adicional para as próximas fases, e isso a gente vai discutir com o Ministério do Planejamento", disse o ministro após a abertura da XXIII Reunião de Administradores de Programas Antárticos Latino-americanos.Também presente no evento, o comandante da Marinha, almirante Julio Soares de Moura Neto, disse que projeto da nova base será submetido a concorrência internacional até meados de 2013. "Não sabemos ainda os custos da construção da nova estação porque isso será fruto do projeto, que está sendo avaliado por uma comissão". O almirante disse que a Marinha mandará três navios próprios para apoiar pesquisadores e contratou um navio mercante para a desmontagem da base incendiada. "Nosso compromisso desde 1982 é apoiar a pesquisa". Os módulos emergenciais serão instalados por uma empresa canadense. Eles poderão abrigar cerca de 60 pessoas.

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