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Nove dos 13 aeroportos não ficarão prontos para a Copa, diz Ipea

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Por Redação

Nove dos 13 aeroportos que receberão investimentos para a Copa do Mundo de 2014 não ficarão prontos para o torneio, indicou estudo do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgado nesta quinta-feira. A situação dos aeroportos brasileiros é apontada pela Fifa como o maior gargalo para a realização do Mundial e o próprio ministro do Esporte, Orlando Silva, já admitiu que os terminais aéreos são um dos principais obstáculos para a organização do evento. "O setor passa por um momento crítico... O cenário é que esses investimentos dificilmente ficarão prontos a tempo", disse Carlos Campos, um dos autores do estudo. Considerando o prazo médio de 92 meses para a execução das obras, os únicos aeroportos que estariam dentro do cronograma são o do Galeão (RJ) e o do Recife. Já o aeroporto de Curitiba, "se tudo der certo", estará pronto em junho de 2014, segundo o relatório. Os terminais de Guarulhos, Brasília, Salvador, Porto Alegre, Campinas, Fortaleza, Manaus, Cuiabá e Confins (MG) não estarão prontos para a Copa, segundo o estudo. As obras do novo aeroporto de Natal não têm previsão de conclusão. Campos apontou os terminais provisórios, com embarque e desembarque remotos, como uma das medidas paliativas para aliviar a situação dos terminais. "Eu acho que tem que ser trabalhada uma segunda opção. A segunda opção parece ser os terminais provisórios", disse ele. Segundo o levantamento, o plano de investimento da Infraero --empresa responsável pelos aeroportos-- é de 1,4 bilhão de reais por ano entre 2011 e 2014 para os 13 aeroportos. Ao todo, 12 cidades receberão jogos do torneio. Campinas não terá partidas, mas vais receber verba para o aeroporto de Viracopos. "SITUACÃO CRÍTICA" O estudo apontou que, mesmo se fosse possível concluir as obras dos terminais a tempo da Copa, dez estariam operando em "situação crítica", ou seja, acima de 100 por cento da capacidade. Atualmente, segundo o levantamento, dos 20 maiores aeroportos brasileiros, 14 já operam em situação crítica. Outros três estão em situação preocupante --com taxa de ocupação entre 80 por cento e 100 por cento-- e apenas três estão em situação adequada. O levantamento apontou ainda a preocupação com a "baixa eficiência na execução dos programas de investimentos" e "a necessidade de inadiável aprimoramento na gestão empresarial da Infraero". Procurada pela Reuters, a Infraero não se manifestou imediatamente sobre o estudo. (Por Hugo Bachega)

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