Obama indica prioridades de seu eventual segundo mandato

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Por JEFF MASON
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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, previu uma reforma da imigração e um acordo para a redução do déficit público em seu eventual segundo mandato, um novo sinal de quais serão suas propriedades caso vença a eleição de 6 de novembro. Em entrevista ao jornal Des Moines Register, divulgada nesta quarta-feira, Obama sugeriu que os republicanos estão ajudando sua campanha ao se distanciarem tanto dos hispânicos. A entrevista foi inicialmente para não ser publicada, mas, depois que o jornal se queixou dessa restrição, a Casa Branca liberou a transcrição. "Como isso não será publicado, vou ser bem direto. Se eu ganhar um segundo mandato, uma grande razão para eu ganhar um segundo mandato é porque o indicado republicano e o Partido Republicano alienaram tanto o grupo demográfico que mais cresce no país, a comunidade latina", disse Obama na conversa com o conselho editorial do Register. O rival de Obama na eleição, Mitt Romney, e muitos outros membros do Partido Republicano adotam uma abordagem dura no combate à imigração ilegal. A crescente presença hispânica pode ser decisiva em alguns Estados estratégicos no pleito, como Nevada, Colorado, Flórida, Virgínia e Ohio. A duas semanas da eleição, os dois candidatos travam uma disputa acirrada, e Obama embarcou nesta quarta-feira para uma extensa agenda de campanha em oito Estados. VOTO FEMININO Outro eleitorado crucial na reta final, o das mulheres, também esteve no foco da campanha nesta quarta-feira por causa de uma declaração polêmica sobre estupro feita por um político republicano. Em um debate na terça-feira, Richard Mourdock, candidato ao Senado por Indiana, disse que a gravidez causada por estupro é "algo que Deus pretendia que acontecesse". A porta-voz da campanha de Obama, Jen Psaki, afirmou que o presidente considera a declaração "ultrajante e depreciativa para as mulheres", e que causa "perplexidade" o fato de Romney não exigir que seja tirado do ar um anúncio de TV em que apoia Mourdock. "Isso é um lembrete de que um Congresso republicano trabalhando com um presidente republicano, Mitt Romney, acharia que as mulheres não deveriam fazer escolhas sobre o seu próprio atendimento médico", disse Psaki a jornalistas no avião presidencial que levou Obama a Iowa. A campanha de Romney disse que o candidato discorda das declarações do correligionário. (Reportagem adicional de Matt Spetalnick, em Washington)