Obras inéditas de Aleijadinho serão expostas em Itu-SP

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Por AE
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Seis esculturas atribuídas de dois anos para cá a Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, mestre do barroco brasileiro, serão expostas pela primeira vez, hoje, em Itu, a 92 quilômetros de São Paulo. A atribuição - como se denomina a definição de autoria - é do pesquisador Márcio José da Cunha Jardim, membro do Instituto Histórico e Geográfico de Minas Gerais e autor do Catálogo Geral da Obra do mestre mineiro. Jardim reconheceu como sendo da terceira fase produtiva do artista, entre 1771 e 1780, uma escultura de Cristo Crucificado, com 20 centímetros de altura, outra de São Joaquim, com a mesma medida, ambas em madeira policromada, e um São Sebastião, com 81 cm, de madeira com resíduo de policromia. A Nossa Senhora das Dores, com 27 cm, e a Santa Rita de Cássia, com 33 cm, ambas de madeira sem policromia, são da fase de maturidade média do artista, a mesma em que produziu os apóstolos em Congonhas. A outra obra é uma Sant?Ana Mestra, em madeira policromada, com 21 cm, que o pesquisador atribui à fase da mocidade do mestre, entre 1755 e 1760. São obras que, com a atribuição, tornam-se muito valiosas, reconhece o restaurador José Marcelo Galvão de Souza Lima, o ?descobridor? das esculturas. Como essas relíquias foram parar em Itu e por que permaneceram até agora fora dos catálogos oficiais? ?Foi um longo trabalho de garimpo?, explica Lima. Ele conta que sua mãe, Marina Coimbra, já morta, durante 50 anos fez a prospecção de material de interesse histórico para antiquários de São Paulo, Campinas e Itu, sobretudo nas cidades mineiras do circuito barroco. ?Passei minha infância correndo entre os apóstolos de Congonhas?, conta. Lima se interessou pela obra do mestre mineiro e, trabalhando com a mãe, passou a recolher as peças que tinham características de obras do mestre. ?Algumas dessas imagens estavam cobertas por várias camadas de tinta, que encobriram os traços geniais de Aleijadinho.? Lima já foi curador de oito mostras de coleções de Aleijadinho, a maior parte delas do colecionador paulistano Renato Whitaker. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

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