Órgão decide não enviar monitores às eleições russas

OSCE reclama de atrasos e restrições; pleito parlamentar será realizado em dezembro.

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Por BBC Brasil
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A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), um órgão internacional que fiscaliza eleições, anunciou nesta sexta-feira que não vai mais enviar observadores ao pleito parlamentar na Rússia, marcado para o dia 2 de dezembro. Em uma carta enviada à Comissão Eleitoral russa, a OSCE lamenta os "atrasos e restrições" impostos pelas autoridades do país, que impediriam a organização de "cumprir sua função". Segundo o órgão, a Rússia negou visto várias vezes aos monitores que iriam viajar ao país. O porta-voz do Ministério do Exterior russo, Mikhail Kamynin, disse que o órgão de monitoramento "tem o direito de tomar qualquer decisão", mas que a Rússia não vai mudar sua postura. No mês passado, a OSCE - formada por 56 países da Europa, da Ásia Central e das Américas - já havia acusado o governo russo de impor restrições inéditas ao envio de observadores, limitando o número de monitores a 70. Para as últimas eleições parlamentares russas, há cerca de quatro anos, a OSCE havia enviado 465 observadores. Uma pesquisa publicada nesta sexta-feira por um instituto russo, o Centro Levada, indica que o Partido Rússia Unida, que apóia o presidente Vladimir Putin, deve vencer com facilidade as eleições parlamentares. O levantamento indicou que apenas o Rússia Unida e o Partido Comunista, o principal de oposição, devem alcançar a porcentagem mínima de votos estabelecida pela lei eleitoral russa para serem representados no Parlamento. "A vantagem do Rússia Unida é tão grande que este pleito lembra as eleições dos tempos da União Soviética - quando não havia alternativa e, para os eleitores, o resultado já estava predeterminado", disse o diretor do centro, Lev Gudkov. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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