Outra jovem diz ter sido torturada por empresária em GO

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Por RUBENS SANTOS
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A jovem Lorena Coelho Reis, de 20 anos, diz ser outra vítima da empresária Sílvia Calabrese Lima, que foi presa ontem em flagrante sob acusação de torturar a menina L., de 12 anos. Lorena contou hoje à delegada do 5º Distrito Policial da cidade vizinha de Aparecida de Goiânia, Carolina Paim, que morou na casa da empresária quando tinha 14 anos. Ela disse que durante um ano viveu dias de violência que só terminaram na festa dos seus 15 anos, em 2003. "Aproveitei quando todos festejavam pra fugir do inferno que vivia." A acusação agravou ainda mais a situação da empresária, que foi transferida hoje da Delegacia de Proteção a Criança e ao Adolescente (DPCA) para o Centro de Prisão Provisória (CPP). Além dela, foi presa sua empregada doméstica, Vanice Maria Novais, acusada de amarrar e torturar a menor L. A delegada da DPCA, Adriana Accorsi, disse que o marido da empresária, o engenheiro civil Marco Antônio Calabrese Lima, também será indiciado por omissão em caso de tortura. "O caso da Silvia causa indignação pública", afirmou o advogado da empresária, Darlan Alves Ferreira, que ameaça abandonar o caso. "Trata-se de uma causa difícil de ser patrocinada", disse. "Se os fatos forem verdadeiros, dificilmente continuarei no caso." O advogado explicou que a empresária se negou a responder às perguntas da delegada da DPCA. O silêncio agora se soma às provas contra a empresária, de 42 anos. Segundo o diretor do Instituto Médico Legal (IML), o patologista Ademar Cândido de Souza, foram constatadas durante exame de corpo delito na menina de 12 anos lesões em várias partes do corpo. Todas provocadas por material com ponta e térmicos, o que seria a causa de queimaduras na língua, embaixo das unhas das mãos e na região glútea.

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