O diretor do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), de São José dos Campos, no Vale do Paraíba (SP), Gilberto Câmara, afirmou hoje que a escolha dos membros dos comitês de busca do órgão para a seleção de coordenadores de cinco áreas é criteriosa, pois os escolhidos devem ser profissionais de "alto nível de conhecimento, à altura da qualidade do Inpe". A declaração foi dada em resposta às acusações do presidente do Sindicato dos Servidores da Área de Ciência e Tecnologia da região, Fernando Morais, para quem a escolha por meio de comitês de busca é "um retrocesso". "Minha obrigação é garantir que se busque a qualificação do profissional. Não posso aceitar qualquer pessoa", afirmou Câmara. Sobre a privatização, ele considerou "absurda e fora de propósito" a idéia disseminada pelo sindicato. "Em nenhum país com economia aberta de mercado, um instituto de porte do Inpe é privado. Por acaso, o Bush vai privatizar a Nasa ? Fico espantado com esses comentários. Como é que uma função pública, como a previsão de tempo, pode ser privatizada? Tem coisas que não têm preço. O Inpe trabalha para o Brasil, não para o mercado."
