Para músico do Andaraí, 'viver de samba não rende luxo'

Percussionista carioca se 'segura até o fim do mês' dando aulas de música; assista a sua entrevista à série Vidas no batente, da BBC.

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Por Júlia Dias Carneiro
1 min de leitura

Junior de Oliveira começou a batucar pratos e panelas lá pelos cinco anos de idade. O menino que viria a se tornar percussionista nasceu com samba na veia, neto do compositor Silas de Oliveira. Aos 34 anos, Junior é um de muitos jovens sambistas cariocas ganham a vida seguindo na tradição do samba no Rio. O músico toca semanalmente no Samba do Trabalhador, roda de samba criada por Moacyr Luz há sete anos no Andaraí, zona norte do Rio, e pelo menos uma vez por mês com o DNA do Samba, grupo composto por outros jovens sambistas que são herdeiros de bambas. "Hoje em dia tem muito samba", diz Junior. O cachê de músico não é alto, "mas dá para segurar a onda (até o fim) do mês". Ele dá aulas de percussão quando pode para complementar a renda e leva uma vida sem luxos. Mora no apartamento da mãe, na Vila da Penha, zona norte do Rio, mas divide o tempo entre a cidade - onde se concentram as oportunidades de trabalho no samba - e o interior de São Paulo, onde moram sua mulher e uma de suas duas filhas. "Minha ambição é continuar tocando com humildade e simplicidade, respeitando todo mundo e esperando as coisas acontecerem", diz. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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