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Paris decidirá em setembro se fará outra busca ao avião da Air France

Os 228 ocupantes do Airbus A330 morreram quando avião caiu no mar, por causas ainda não esclarecidas e quando estava a 1,1 mil quilômetros ao leste do litoral do Brasil

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Por Redação
Atualização:

PARIS - As autoridades francesas decidirão em setembro se realizem ou não uma nova busca pelo avião da Air France que caiu no Atlântico em junho de 2009, em uma viagem do Rio de Janeiro com destino a Paris.

 

A decisão será tomada com base nos resultados das três buscas anteriores, como anunciou hoje o secretário de Estado de Transportes francês, Dominique Bussereau.

 

Bussereau explicou que em setembro terá os elementos do relatório que reúne as três tentativas anteriores e que foi encarregado ao Escritório de Investigações e Análises (BEA) francês.

 

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O BEA já colocou em evidência que há lugares descartados para uma nova busca, outros que embora tenham sido inspecionados podem ser alvos de uma análise, assinalou Bussereau à imprensa.

 

Os 228 ocupantes do Airbus A330 da Air France morreram na queda do avião no mar, por causas ainda não esclarecidas e quando estava a 1,1 mil quilômetros ao leste do litoral do Brasil em 1º de junho de 2009.

 

Bussereau tinha se comprometido no primeiro no da tragédia de manter reuniões regulares com as famílias para informar os detalhes.

 

A primeira fase de busca ocorreu entre 10 de junho e 10 de julho do ano passado, com a esperança de que pudessem localizar o sinal das caixas-pretas antes que esta se extinguisse.

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Depois desses inícios infrutíferos, a segunda busca foi realizada entre 27 de julho e 17 de agosto de 2009 para tentar encontrar a estrutura do avião.

 

A área das buscas foi reduzida na terceira operação, que ocorreu entre 2 de abril e 24 de maio. Igualmente sem resultados positivos.

 

O BEA considera, a partir de seus cálculos e dos diversos elementos compilados, que o avião deveria estar em área de 2 mil km² com um subsolo marinho muito acidentado e profundidade variando entre 700 a 4,6 mil metros.

 

UM ANO DE DÚVIDAS

 

Um ano depois do acidente, mais suspeitas do que certezas restaram do desastre do voo 447 Rio-Paris da Air France, que matou 228 passageiros e tripulantes.

 

Após o fracasso das buscas, entraram no centro das críticas de experts independentes, de pilotos e das famílias de vítimas a Airbus, a Air France e, sobretudo, o BEA, órgão responsável pela investigação.

 

O BEA, financiado pelo Estado francês, acionista da Airbus e da Air France, é contestado em especial por desautorizar toda análise que não a sua própria sobre a tragédia, por liberar a conta-gotas informações à opinião pública e, sobretudo, por negar o papel da comprovada falha da sondas pitot, os sensores de velocidade das aeronaves Airbus.

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Transcorrido um ano, pouco se pode afirmar sobre o que levou o Airbus a desabar de 11 mil metros de altitude.

 

Com informações da EFE e de O Estado de S. Paulo.

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