Pecuária: IB faz análise de doenças

Coleta e envio de amostras de animais ao laboratório, porém, [br]devem ser feitos por um médico veterinário

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Por Fernanda Yoneya
2 min de leitura

Para manter a sanidade do rebanho em dia, muitos criadores recorrem a laboratórios especializados em diagnosticar e prevenir doenças nos animais. A coleta e o envio de material, porém, precisam ser feitos por um profissional - de preferência um médico veterinário - para facilitar e não comprometer o trabalho no laboratório, recomenda a diretora de Serviços da Unidade de Referência do Centro de Sanidade Animal do Instituto Biológico (IB), órgão da Secretaria de Agricultura paulista, Maristela Pituco. A rede de laboratórios do IB realiza cerca de 200 exames, dos mais simples - como análise de urina e fezes animais - a diagnósticos mais complexos - como a identificação de agentes infecciosos do sistema nervoso animal (encefalopatia). ''Os exames servem para confirmar uma suspeita do criador. Por isso é importante ter acompanhamento de um profissional na propriedade para facilitar nosso trabalho'', afirma Maristela. Os exames realizados pelo Biológico são feitos a partir de amostras de bovinos, suínos, caprinos e ovinos e custam de R$ 8 a R$ 130. Segundo Maristela, as amostras mais recebidas são as de sangue e soro, mas o IB também realiza testes de resistência de carrapatos, análises toxicológicas, examina conteúdo ruminal, tufos de pêlos, decalque de órgãos, fezes para exames parasitológicos, urina, leite, sêmen, secreção nasal e ocular, fetos abortados, abscessos, órgãos, além de ração, silagem e insumos de uso veterinário. Também são analisados morcegos e exemplares de insetos e helmintos. ''Somos habilitados também para fazer o diagnóstico de vigilância da Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE), a doença da vaca louca'', informa Maristela. Ela explica que em alguns casos, como suspeita de brucelose e de febre aftosa, por exemplo, o envio de material ao laboratório só pode ser feito por veterinário habilitado no Ministério da Agricultura, pois o combate a essas doenças faz parte de programas oficiais. A coleta e o envio de outros tipos de material podem ser feitos por um veterinário particular. ''Em casos de trânsito interno e externo de animais, fazemos exame sorológico de febre aftosa.'' DADOS Para garantir que o material chegue ao laboratório ''em conformidade'', a recomendação de Maristela é submeter o animal, antes, a uma análise clínica. Levantada a suspeita de determinada doença, a amostra deve ser encaminhada com dados básicos do animal e informações epidemiológicas. ''Isso facilita o trabalho e não encarece o serviço, pois possibilita ir direto ao foco'', diz. ''Se a amostra não estiver em conformidade, o resultado não é válido tecnicamente.'' O IB recebe material pessoalmente ou pelo correio, ''desde que tenha sido encaminhado conforme os critérios de biossegurança estabelecidos.'' Daí a importância de contar com orientação profissional, observa a pesquisadora. As amostras devem ser acompanhadas da ficha informativa preenchida (disponível no link www.biologico.sp.gov.br/c_s_animal/ficha.htm) e enviadas, o mais rápido possível, para o Serviço de Triagem Animal do Instituto Biológico. O endereço do instituto, para o envio de material, é Avenida Conselheiro Rodrigues Alves, 1.252, CEP 04014-002, Vila Mariana, São Paulo (SP). No link www.biologico.sp.gov.br/c_s_animal/profile.htm há instruções de coleta e embalagem para todos os tipos de amostras. Consultas de preços podem ser feitas pelo telefone (0--11) 5087-1786.

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