A Petrobras vai fornecer gás a preço competitivo para manter a petroquímica da Braskem no Complexo Petroquímico do Sudeste (Comperj), afirmou nesta quinta-feira a presidente da estatal, Maria das Graças Foster. "Ficaria muito difícil para a outra empresa (Brasken) comprar o nosso gás para fazer produção unicamente de polietileno, mas nós, como uma grande empresa integrada de energia, nós e o governo brasileiro, que define a política industrial, cheguemos a uma solução ... Nós vamos trabalhar forte para manter o complexo na forma como foi concebido", afirmou a executiva em um evento no Rio de Janeiro. Um dos projetos mais caros da Petrobras e do Brasil, o Comperj é um projeto integrado, com dois trens, duas refinarias e uma planta petroquímica, em construção em Itaboraí, na região metropolitana do Rio. "E faz sentido econômico quando é tratado de forma integrada. Nós somos uma empresa integrada", acrescentou, no encerramento da Rio Oil & Gas. Segundo a executiva, o shale gas (gás de xisto) tem sido colocado no mercado americano a preços imbatíveis, mas "ainda existe muito por acontecer nesse novo fornecimento de gás nos Estados Unidos". "Existem ainda uma série de questões de natureza ambiental que precisam ser resolvidas quanto ao shale gás". A Petrobras tem enfrentado problemas para transportar equipamentos que já ficaram prontos para compor o complexo de refino porque as rodovias locais não suportam seu peso. A estatal recebeu recentemente do governo fluminense aval para levar adiante um plano que poderá ser sua única alternativa para o acesso dos equipamentos ao local das obras. A empresa conseguiu a licença de instalação do porto que permitirá levá-los ao Complexo. (Por Leila Coimbra, texto de Laiz Souza)
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