Peritos da Polícia Federal (PF) encontraram uma pequena lâmina, aparentemente de um aparelho de barbear descartável, na cela da Superintendência da corporação em São Paulo, onde era mantido João Mendonça Alves, que morreu no sábado. Com isso, a PF considera em nota "abandonada a hipótese preliminar de que os ferimentos poderiam ter sido causados pela faca de plástico servida com a refeição do almoço". Alves havia sido detido na sexta-feira por tráfico de drogas. Ele seria o responsável pela "logística de exportação" de 1.230 quilos da cocaína apreendida em Itatiba, interior do Estado. Um dia depois, o preso foi encontrado de bruços sobre o colchão de uma cama e com ferimentos no pescoço. Na parede próxima ao sanitário da cela, havia uma mancha vermelha, aparentando ser sangue. Segundo a PF, Alves foi encaminhado ao Hospital Sorocabano e teve sua morte constatada pouco depois. No comunicado, a PF afirma que todas as declarações prestadas convergem para a hipótese de que Alves tenha cometido suicídio, pois estava sozinho e trancado na cela. O último contato dele com outra pessoa teria ocorrido na hora em que o almoço foi servido e, de acordo com a polícia, não foi notada nessa ocasião qualquer reação do preso que pudesse sugerir a ocorrência. Um inquérito foi instaurado para a apuração das circunstâncias da morte de Alves.
