Pilotos espanhóis dizem ter visto clarão no céu

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Um piloto da companhia espanhola Air Comet enviou relatório técnico no qual afirma ter visto no ar um clarão "forte e intenso de luz branca", em trajetória descendente e vertical, na mesma noite e rota em que o Airbus A330 desapareceu, enquanto sobrevoava o Oceano Atlântico. O clarão desapareceu "em seis segundos" e foi testemunhado por outras duas pessoas - o copiloto e uma passageira, que estava na cozinha da aeronave -, de acordo com o relatório do piloto, que teve trechos publicados pelo jornal espanhol El Mundo. Em seu relatório, o comandante do voo 974 da Air Comet, que seguia o trajeto Lima-Madri na madrugada de segunda-feira, afirma que "estava a sete graus ao norte do Equador, no Meridiano 49 oeste" quando visualizou o clarão, segundo o El Mundo. Em nenhum momento, ele utiliza a expressão "explosão". O documento, segundo apurou o Estado, foi enviado anteontem à Direção Geral de Aviação Civil espanhola. Ao órgão espanhol, a Air Comet informou que acredita se tratar do Airbus da Air France e que encaminharia o relatório ao Escritório de Investigação e Análises de Acidentes Aéreos na França (BEA, na sigla em francês), a cargo das investigações do acidente. "Coloco as informações para conhecimento, para que sejam úteis no esclarecimento do acontecido", escreveu o piloto. No relatório, ele informa ainda mudança de rota em seu voo, para evitar uma tempestade identificada pelos equipamentos do avião. "Por volta das 01.15 UTC (horário solar) do dia 1º de junho, voando em céu claro a 35 mil pés foram observadas tormentas com atividade elétrica a leste de nossa posição. Desviamos a rota em cerca de 60 quilômetros." O voo partiu da capital peruana às 17h25 de domingo (horário de Brasília). O piloto afirma ainda que "não ouviu nenhuma comunicação na frequência de emergência sobre pedidos de socorro". A ausência de pedidos de ajuda indica, para o piloto, "situação imprevista" com o Airbus, conforme escreveu no relatório. Piloto e tripulação de um voo da companhia alemã Lufthansa, que cruzou o Atlântico na mesma noite, em horário e rota semelhantes à do Airbus, afirmaram não ter visto "nada de anormal" no trajeto.

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