Polícia do Bahrein atira bombas de gás em manifestantes

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Por ANDREW HAMMOND
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A polícia do Bahrein lançou gás lacrimogêneo e granadas de efeito moral, principalmente para evitar que manifestantes xiitas marchassem em direção à praça onde começou uma fracassada revolta pró-democracia no ano passado, e deteve dois americanos, ativistas de Direitos Humanos, que foram ao local para monitorar o evento. Os ativistas são parte de um grupo chamado Testemunhas do Bahrein, que diz querer observar os eventos na véspera do primeiro aniversário dos protestos liderados principalmente pela maioria xiita, que pediam uma reforma democrática no país do Golfo Árabe. Uma autoridade disse que eles seriam deportados por terem fornecido informações falsas sobre o motivo da sua visita ao país. As forças de segurança do Bahrein esmagaram o movimento com a ajuda da Arábia Saudita e de outros países do Golfo Árabe, mas o país escapou de ser fortemente censurado pelos EUA que, assim como os sauditas, temem que fortalecer os xiitas do Bahrein possa aumentar a influência dos xiitas do Irã, no Golfo. Grupos de centenas de ativistas se reuniram em pontos diferentes do antigo distrito histórico de Manama, num aparente esforço de evitar a polícia de choque antes de subitamente marchar em direção à rotatória, agora chamada de al-Farouq Junction (ou Cruzamento al-Farouk). "Para a rotatória, para a rotatória," gritavam os manifestantes, liderados pelo proeminente ativista de Direitos Humanos, Nabil Rajab. Atrás deles, a polícia usando megafones alertava a multidão que a manifestação não havia sido autorizada e que eles deviam se dispersar. Em seguida, a polícia lançou gás lacrimogêneo e bombas de efeito moral nos manifestantes. A polícia de choque deteve os dois americanos, Huwaida Arraf e Radhika Sainath, parte de um grupo de ativistas que se denominam Testemunhas do Bahrein, que estão monitorando os protestos essa semana. "Nos próximos dias e semanas, Testemunhas do Bahrein vai ficar com o povo e irá para a rua para exigir democracia, igualdade e respeito pelos Direitos Humanos," declarou o grupo em um comunicado.

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