A polícia no Kuwait usou bombas de gás lacrimogêneo e granadas atordoantes neste domingo para dispersar manifestantes que tentavam fazer uma passeata para protestar contra mudanças na lei eleitoral, apontadas por opositores como favoráveis a candidatos pró-governo. As autoridades tinham prometido anteriormente "confrontar decisivamente" os manifestantes para evitar o protesto e ativistas disseram que a polícia prendeu pelo menos um ex-membro islamita do parlamento e um jornalista de esquerda. A oposição decidiu tomar as ruas depois que o governo, dominado pela família Al-Sabah, anunciou na semana passada convocação de eleições para 1o de dezembro e que alteraria a lei eleitoral "para preservar a unidade nacional". Testemunhas da Reuters disseram que os manifestantes se reuniram em várias partes da capital para fazerem uma passeata até a sede do governo neste sábado. Uma das testemunhas disse que a polícia de choque cercou alguns dos grupos de manifestantes, formados por 400 a 500 pessoas cada, e deu a eles alguns minutos para se dispersarem. Então, as forças dispararam bombas de gás lacrimogêneo e granadas atordoantes contra eles. Outra testemunha disse que a polícia cercou outro grupo de mais de 2 mil manifestantes que se dirigiam para as Kuwait Towers e que os atacou com granadas atordoantes, forçando muitos a fugirem para um mercado próximo. Médicos disseram que um certo número de pessoas ficaram feridas na violência, mas não informaram detalhes.