Duas médicas e duas enfermeiras foram indiciadas pela morte da estudante de Enfermagem Luana Neves Ribeiro, de 21 anos, ocorrida no dia 4. A universitária estava no Hospital de Base, em São José do Rio Preto (SP), para doar a medula óssea a uma criança do Rio com leucemia.As médicas foram indiciadas por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) e as enfermeiras, por omissão de socorro, segundo a delegada assistente Luciana de Almeida do Carmo, do 5.º Distrito Policial de São José do Rio Preto.De acordo com laudo da Faculdade de Medicina de Rio Preto, Luana - que estava cadastrada no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome) - foi vítima de erro médico.A coleta exige um implante nas veias dos braços. Segundo o hospital, os médicos não conseguiram fazê-lo e, por isso, colocaram um cateter na artéria jugular, procedimento simples, informou na época da morte o hematologista Otávio Ricci Júnior, responsável pelo Serviço de Transplantes de Medula Óssea do HB. Durante a implantação do cateter, porém, a jovem teve a veia subclávia perfurada. Os médicos não diagnosticaram o erro e liberaram a moça, que estava hospedada em um hotel em Rio Preto. Quatro horas depois, Luana foi levada ao hospital, reclamando de fortes dores. Ela agonizou por mais de uma hora sem receber atendimento médico.A perfuração provocou hemorragia e choque hipovolêmico (queda de pressão causada por vazamento de sangue), o que levou a universitária à morte.