Polícia ouve médica e auxiliar em hospital de Campinas

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Por Ricardo Brandt
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Os delegados Alessandro Marques e Antônio Palmieri passaram a tarde desta terça-feira no Centro de Radiologia do hospital Vera Cruz, em Campinas (SP), ouvindo uma médica e uma auxiliar técnica que participaram dos exames e colhendo materiais com o Instituto de Criminalística. Três pessoas morreram segunda-feira (28) após realizarem exames de ressonância magnética no hospital.A perícia também colheu material dos corpos para análise de produtos no organismo. "Vamos buscar mais dados nas investigações e na sexta-feira a Delegacia Seccional vai convocar uma coletiva para divulgar o que estamos apurando", afirmou Marques.O secretário de Saúde de Campinas, Carmino Antonio de Souza, afirmou nesta terça que todos os profissionais envolvidos nos exames serão investigados, "desde os responsáveis pelo armazenamento dos produtos e equipamentos até quem aplicou o contraste e fez a ressonância".O secretário informou que uma equipe começou a rastrear na cidade a matéria-prima dos medicamentos e soluções aplicados nas vítimas para identificar possíveis problemas em outros hospitais e clínicas.O presidente do Sindicato dos Tecnólogos, Técnicos e Auxiliares em Radiologia de Campinas e Região, Pedro Marquese, afirma que os equipamentos de ressonância são seguros e que a calibragem do volume de contraste a ser injetado durante o exame é feita pela máquina, com poucas chances de erro. "As causas dessas mortes são verdadeiras interrogações", disse.InterdiçãoO governo do Estado vai interditar os lotes de medicamentos usados nos três pacientes que morreram em Campinas. A medida é cautelar e será publicada no Diário Oficial de quarta-feira (30), segundo a assessoria de imprensa da Secretaria Estadual de Saúde. A lista deve incluir o nome de sete produtos, de cinco fabricantes, entre eles soros e soluções injetáveis, como gadolínio.

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